Centro de Formação Agrícola de Almeirim com nota positiva
Secretário de Estado do Trabalho visitou instalações
O Centro de Formação Agrícola de Almeirim “pode vir a ser um dos mais eficientes do país”. Esta é a perspectiva do secretário de Estado do Trabalho, Luís Pais Antunes, que visitou as instalações da Herdade dos Gagos em Paço dos Negros, na quarta-feira, dia 18.
Para Luís Pais Antunes as características das instalações e o empenhamento da CAP (Confederação dos Agricultores de Portugal), responsável pela formação, têm condições para responder às novas exigências desta área. “Estamos a fazer uma reforma profunda no sistema de formação e este centro tem capacidade para encontrar e desenvolver outras formas de formação”, sublinhou.Nesse sentido, referiu que existe um envelhecimento na agricultura, com cada vez menos jovens a abraçar a profissão. Pelo que sugeriu, a necessidade des e encontrarem outras alternativas “que podem passar por cursos mais virados para o aproveitamento do mundo rural e não exclusivamente direccionados à agricultura”. Respondendo às queixas do secretário geral da CAP, Luís Mira, sobre as dificuldades em receber alguns cursos subsidiados por fundos comunitários, o secretário de Estado foi peremptório: “Não temos problemas nem falta de dinheiro para fazer formação, no entanto o que tem acontecido é que ele tem sido mal distribuído”.Preconizando alterações no modo de financiamento dos cursos e na sua distribuição pelos centros particulares, como o da CAP em Almeirim, Luís Pais Antunes referiu que os centros têm que encontrar fontes de financiamento. “Este já presta alguns serviços a terceiros, com o aluguer de instalações. Esta é uma experiência que tem que ser aproveitada, alargada e uma experiência que deve ser seguida por outros”, argumentou. O Centro de Formação Agrícola de Almeirim é propriedade do Ministério da Agricultura e foi cedido à CAP, para efeitos de formação, em 1991. O centro tem por objectivo apoiar as organizações de agricultores e os agricultores no campo da Formação Profissional, Gestão Empresarial e Mecanização. No centro realizam-se cursos para agricultores e trabalhadores agrícolas nas áreas da horticultura, fruticultura, gestão agrícola, estruturas agrícolas, mecanização, informática, agro-turismo, entre outras. Realizam-se ainda cursos de formação inicial para jovens que querem trabalhar no sector, como empresários ou como trabalhadores assalariados. Estas acções proporcionam aos formandos um certificado de habilitações e de equivalência profissional.Apesar do centro ter bastante procura, Luís Mira lamentou que os formandos recusem propostas de trabalho, preferindo continuar desempregados após terminarem os cursos. “Noventa por cento dos nossos formandos têm propostas de trabalho, mas muitos não as aceitam e outros preferem desenvolver uma actividade fora do sector agrícola”, explicou. O centro está equipado com cantina e sala de convívio. Dispõe ainda de alojamento com uma capacidade de 40 camas. Na área técnico-pedagógica existem dois edifícios com seis salas de aulas, laboratórios de informática e hangar de máquinas agrícolas completamente equipados. Para desenvolver simulações, demonstrações e aulas práticas existe um terreno com cerca de 5 hectares.
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