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Carta aberta ao Coordenador Distrital Joaquim Chambel

Sinto o dever cívico e moral de refutar a sua afirmação proferida no final do debate promovido no passado dia 30 de Maio, pelo “Movimento de Cidadãos Santarém 21” sobre “A Segurança do Cidadão e Protecção Civil no Concelho de Santarém. Nunca disse que era dos que não respeitavam os sinais vermelhos, tal afirmação seria um absurdo e penso ser fácil confirmar.Se é também peão, deverá verificar que existem automobilistas que ignoram a prioridade nas passadeiras, mesmo com lombas, até os sinais vermelhos são ostensiva e impunemente ignorados, perante a complacência das forças de segurança, (nos EUA dá direito a perseguição policial). Deverá saber que a Associação dos Cidadãos Auto-Mobilizados tem lutado para que diminua significativamente a sinistralidade rodoviária, que nos coloca no topo da “criminalidade rodoviária” na União Europeia. Sempre afirmei que não é suficiente legislar, é também necessária uma fiscalização eficaz e respectiva repressão (democrática), o que não parece ser a sua opinião. Doutro modo, não será possível pôr fim a tanta irresponsabilidade e impunidade manifestada por aqueles que se julgam ases do volante. Creia que não é uma questão de ter que haver um polícia para cada cidadão, nem de mais ou menos lombas, muito menos esperar pelas futuras gerações para resolver o problema. É agora que terá de ser alterada a situação. É evidente que contesto a proliferação de lombas a propósito de segurança, muito mais em descidas e após curvas e até precedendo sinalização de controlo automático de velocidade ou depois das passadeiras, onde a sinalização rodoviária é insuficiente ou inexistente. É gritante a situação junto das escolas que não são sinalizadas e nem sequer se informa o limite de velocidade imposto para o local. Colocam-se lombas para todos os gostos, exageradamente altas, cujos efeitos se reflectem no meio ambiente, na saúde das viaturas e das pessoas. Os responsáveis, numa atitude economicista, não instalam, em sua substituição, controlo automático de velocidade, como aconteceu no concelho de Ourém por imposição da população que se sentia incomodada com os barulhos daí resultantes.Em Santarém não existe uma planificação sustentada na colocação e sinalização das passadeiras, sendo, por vezes, a sua localização ou inexistência um atentado à segurança dos peões, distanciadas mais de uma dezena de metros dos cruzamentos ou entroncamentos, que logicamente são ignoradas!Não se vê um intervencionismo na questão do policiamento, virado para a segurança do cidadão, a falta de meios humanos não poderá justificar tudo, só restará a prevenção através de controlos de vigilância, infelizmente necessários. Para que a floresta não continuasse a arder houve necessidade de investir na sua vigilância, não é verdade?Resumindo, não devemos ser tratados como um rebanho de carneiros, numa atitude paternalista. Devemos ter o direito e o dever de sermos responsáveis e nunca ser o justo a pagar pelo pecador.Silvino Domingos - Santarém

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