Sendo eu um “jovem” reformado de 62 anos, que passa grande parte do seu tempo convivendo com colegas da mesma idade no jardim junto à Rodoviária, em Santarém, e tendo já organizado alguns grandes espectáculos de acordeonistas, de nível internacional, na nossa região, nomeadamente nos concelhos de Almeirim, Chamusca, Santarém e Alpiarça, decidi há cerca de um ano avançar para um outro espectáculo a realizar no referido jardim, coincidindo com o Dia Mundial do Idoso. Para o efeito contactei o Departamento de Cultura da Câmara Municipal de Santarém, na pessoa da vereadora da cultura, Idália Moniz, solicitando o seu indispensável apoio financeiro, para a realização do evento. Há uns meses, solicitaram-me o respectivo orçamento, tendo-lhes sido transmitido que o custo do espectáculo seria de € 1.400, verba que, considerando que iriam estar presentes alguns dos mais prestigiados acordeonistas a nível mundial, e com a relevância de serem todos portugueses, me pareceu perfeitamente aceitável e ao alcance dos cofres da autarquia. Ora, qual não foi a minha surpresa quando, há cerca de 2 meses, fui informado, através do Departamento de Cultura, que o apoio solicitado era demasiado elevado e que o dinheiro seria melhor utilizado para abrir uma escola de acordeonistas em Alcanhões. Estranho que se tomem decisões destas. Então para que serve um vereador da cultura? Não será para apoiar ou promover actividades culturais para os seus munícipes, nos quais se incluem naturalmente, muitas pessoas da 3ª idade? Ou será que existem outros interesses que é prioritário defender, nomeadamente os gastos principescos com o Boletim Municipal e Agenda Cultural, que custam anualmente milhares de euros à Autarquia? Será que tendo já colaborado com outros vereadores da cultura, organizando com sucesso vários eventos, sendo que nenhum deles se recusou sequer em me receber, não teria a Dra. Idália Moniz 5 minutinhos para discutirmos o assunto?Joaquim Gil Nunes Vinagre(O Gil da Tapada – Divulgador de Acordeão)