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Queimaduras, pânico e problemas respiratórios

Centro de Saúde em urgência 24 horas

Os casos mais graves atendidos no Centro de Saúde da Chamusca foram os das duas senhoras do Pinheiro Grande que acabariam por falecer devido a extensas queimaduras. Ao longo da tarde e noite foi atendida mais de centena e meia de pessoas. Pequenas queimaduras, conjuntivites, problemas respiratórios e estados de pânico foram tratados naquela unidade. Os médicos, enfermeiros e auxiliares apresentaram-se ao serviço sem necessidade de qualquer chamada.

Problemas respiratórios, estados de pânico e queimaduras ligeiras foram os casos mais frequentes das pessoas que recorreram ao Centro de Saúde da Chamusca. A situação complicou-se pouco passava das 18h30 de sábado quando chegaram a esta instalação de saúde as duas mulheres do Pinheiro Grande que acabariam por falecer nos hospitais de Santa Maria e de S. José, em Lisboa, vítimas de graves queimaduras. “A partir dessa hora recebemos os casos mais graves. Embora a maioria dos utentes apresentasse estados de pânico e problemas respiratórios, tivemos utentes com conjuntivites graves, queimaduras e poli-traumatismos. Seis casos foram transferidos para outras instalações de saúde”, esclarece Artur Barbosa, director do Centro.Até às 14h00 de segunda-feira, passaram pela unidade de saúde 160 pessoas. O centro esteve em urgência permanente desde sábado. “No sábado os serviços foram prestados por três médicos e 16 enfermeiros, em rotação. No domingo, a equipa foi constituída por dois médicos e quatro enfermeiros e na segunda passou à equipa normal”, disse o director.Idosos transferidos para o hospitalOs idosos do Lar da Santa Casa da Misericórdia foram transferidos logo ao início da tarde de sábado para o hospital da vila. As chamas ladearam a instalação e temendo-se o pior e porque se trata de pessoas idosas, em que os problemas respiratórios são mais frequentes, optou-se pela transferência imediata.“Tive tanto medo. Não esperei pelo transporte da Câmara, quando vi os familiares de uma senhora que também está no lar pedi-lhe logo boleia para baixo”, dizia a sorrir Deonilde Fonseca, ainda com a máscara improvisada em gaze molhada sobre a testa.Profissionais do centro, do hospital e voluntários forneceram água e comida aos idosos: “Fizemos uma panela de sopa e houve um empresário local que forneceu sandes”, acrescenta Artur Barbosa.

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