Edição de 2003.08.07
Incêndios
A serpente de sete cabeças ou o “11 de Setembro Português”
A juntar a este quadro deplorável, emergiu uma “espécie incendiária” que parece actuar, cirurgicamente, na floresta portuguesa, obrigando os heróis da luta contra as chamas a usar a mesma força de Hércules quando este defrontou a serpente das sete cabeças.
Incêndios | 06-08-2003
Carvalhas exige aplicação da legislação
O secretário-geral do PCP exigiu a aplicação prática da legislação existente sobre a prevenção de fogos e ordenamento da floresta.Estes diplomas, propostos pelo PCP e aprovados por unanimidade no Parlamento, não foram aplicados, considerou Carlos Carvalhas, afirmando que “não há falta de legislação, o que é preciso é levá-la à prática”.No último ano, os deputados aprovaram “um projecto de resolução de prevenção de fogos” e “uma lei de bases da floresta”, mas “não houve qualquer concretização prática”, afirmou o líder comunista no decorrer de uma visita ao concelho da Chamusca, na terça-feira à tarde.
Incêndios | 06-08-2003
As causas dos incêndios
Incêndios | 06-08-2003
Conta de solidariedade
Na sequências dos graves prejuízos provocados pelos incêndios, a Câmara Municipal da Chamusca decidiu abrir uma conta de solidariedade. Os donativos destinam-se a ajudar a reconstruir as casas afectadas pelo fogo, bem como todas as infra-estruturas danificadas.
Incêndios | 06-08-2003
O martírio do Pinheiro Grande
Quatro mortes, 12 habitações destruídas, 20 pessoas desalojadas, animais e bens calcinados e o desespero da terra queimada é o trágico balanço do incêndio que, na tarde do passado sábado, fustigou a aldeia do Pinheiro Grande, no concelho da Chamusca. No domingo de manhã o cenário era fantasmagórico entre construções destruídas, árvores carbonizadas e rostos desesperados medindo a dimensão da tragédia.
Incêndios | 06-08-2003
Queimaduras, pânico e problemas respiratórios
Os casos mais graves atendidos no Centro de Saúde da Chamusca foram os das duas senhoras do Pinheiro Grande que acabariam por falecer devido a extensas queimaduras. Ao longo da tarde e noite foi atendida mais de centena e meia de pessoas. Pequenas queimaduras, conjuntivites, problemas respiratórios e estados de pânico foram tratados naquela unidade. Os médicos, enfermeiros e auxiliares apresentaram-se ao serviço sem necessidade de qualquer chamada.
Incêndios | 06-08-2003
O retrato do inferno
Instalou-se o pânico na vila da Chamusca quando as labaredas começaram a lamber as casas situadas na zona mais elevada, junto ao Bairro 1º de Maio. Pessoas corriam desordenadamente tentando salvar o que podiam. Ouviam-se as sirenes de bombeiros e ambulâncias e, na falta de bombeiros, eram populares que tentavam apagar pequenos focos de incêndio. Uma nuvem de fumo fez a noite cair às quatro da tarde. Isto é p retrato do inferno, ouvia-se por todo o lado.
Incêndios | 06-08-2003