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Vamos ultrapassar esta tragédia

Durão Barroso deixa mensagem de esperança

O primeiro-ministro, Durão Barroso, apelou aos portugueses para que “olhem para a frente” e acreditem que o país “se vai levantar” da tragédia deixada pela vaga de incêndios.

Esta foi uma das mensagens de confiança que Durão Barroso fez questão de deixar, terça-feira à tarde, às populações de Mação, Abrantes e Chamusca, três localidades do distrito de Santarém que foram nos últimos dias atingidas pelos incêndios que devastam há dias o país.Exceptuando Mação, onde alguns populares receberam o primeiro-ministro com algumas críticas à falta de meios e ao atraso com que visitava as zonas ardidas, as restantes caminhadas decorreram num ambiente de boa recepção e de alguma emotividade, dado o sofrimento espelhado nos olhos dos que perderam bens e familiares nos fogos.A cada um dos populares com quem falou, Durão Barroso deixou palavras de confiança, assegurou que o Governo vai tentar minorar as perdas, reconhecendo, mais tarde, que os populares de Mação, Chamusca e Abrantes se encontram “emocionalmente bastante fragilizados”.Aos jornalistas, Durão Barroso admitiu a catástrofe que se abateu no país, pedindo aos portugueses para que “não fiquem deprimidos”, que “olhem em frente” porque, assegurou, “apesar da tragédia, o país está a levantar-se.“Levo daqui a vontade de reconstruir o que foi destruído”, disse, quando discursava na Câmara Municipal da Chamusca, liderada pela CDU.Antes, Durão Barroso tinha passado por Abrantes, onde visitou zonas ardidas, e por Cabeças de Pinheiro Grande, na Chamusca, onde falou com os familiares de uma das vítimas dos fogos, a quem prometeu dar uma ajuda urgente”.“Nós vamos ajudar, eu trato disso”, assegurou também o ministro da Segurança Social, Bagão Félix, que, tal como o ministro da Administração Interna, acompanhou Durão Barroso neste périplo pelos Concelhos que nos últimos dias foram alvo da “fúria” das chamas.Sobre a resolução dos casos sociais mais urgentes, Durão Barroso disse esperar apenas “que a burocracia não empate”.Explorações de cabras destruídas, casas “comidas” pelo fogo, vastas extensões de floresta feitas em cinzas, fábricas devastadas e pessoas desorientadas com as perdas que sofreram foram alguns dos cenários que Durão Barroso encontrou na sua visita.“A verdade é que foi uma grande tragédia, mas não adianta chorar sobre o leite derramado, o que interessa é ir em frente”, disse, mais tarde, aos jornalistas o primeiro-ministro, que aos populares deixou ainda a promessa de que vai haver “mão pesada” para os criminosos”.Durão Barroso disse não ser o momento oportuno para legislar sobre a matéria, mas adiantou que vai pedir ao director nacional da PJ que “a acção dos polícias” seja mais visível no que respeita ao combate àqueles crimes.Em resposta às queixas que foram feitas, muitas em surdina, pela população sobre a falta de meios, o primeiro-ministro considerou que “esta tragédia estava para além da capacidade do país”.O presidente da Câmara Municipal da Chamusca, Sérgio Carrinho, disse estar certo que o Governo “tomará na altura própria” as medidas necessárias para minorar os efeitos dos incêndios, dando a entender que precisa de recursos financeiros. "Eu não tenho dinheiro na câmara, ele tem de chegar de algum lado”, disse.

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