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Atentíssimo Serafim das Neves

Uma confraria da cerveja fundada em Santarém que vai entronizar confrades para o Palácio da Bolsa no Porto??!! Tens a certeza, Serafim?? Ó cum carago!!! Anda tudo doido neste país ó quê??!!! Estou banzado com as novidades que me deste no teu último e-mail. Isso é como a Escola de Toureio. José Falcão, de Vila Franca de Xira começar a dar as aulas práticas em Vila Franca das Naves!!!Em Santarém há cerveja que chegue para uma dúzia de confrarias. Duas fábricas dela, que eu me lembre assim de repente. Deixem o Porto para os confrades daquele vinho que tem o nome da cidade. Entronizem os confrades cervejeiros na capital do gótico...ou do grelo, conforme as placas que se vêem por aí. Se tiverem medo de fazer as cerimónias no topo da Torre das Cabaças, por causa de eventuais vertigens etílicas, façam-nas no Campo da Feira. Não há local mais desértico que aquele em todo o Portugal e todos sabemos que os desertos provocam uma sede de mil camelos.Eu não vou muito à bola com a cerveja. Incha-me a pança. Faz-me arrotar que nem um alarve. Mas assino qualquer petição para que a confraria da cerveja - se é que ela existe – não volte a sair de Santarém para entronizar confrades. Se depois da cerimónia e de muitas canecas, os confrades estiverem à mijinha para rascar aceito que vão despejar a bexiga ao Norte, mas só isso. E deixo o apelo. Confrades cervejolas de Santarém, dêem-se a conhecer. Apareçam aqui pelo jornal. Para uma entrevista e umas bejecas. Os jornalistas de O MIRANTE responderão à altura. Acreditem!Não é só em matéria de confrarias que sinto que a nossa região vai sendo ultrapassada. Vê lá tu o caso do helicóptero dos Bombeiros de Lamego. O tal que andava a fazer viagens turísticas em vez de servir para combater incêndios ou socorrer feridos ou coisa que o valha. Este Verão tivemos uma oportunidade única de ser capa do 24 horas ou notícia de abertura da TVI com aquela história do jipe da protecção civil de Tomar que andaria a ser utilizado pelo vereador responsável por aquele pelouro, para se deslocar de casa à praia ou de casa ao aeroporto. Mas quem é que quer saber de uma eventual utilização indevida de um jipe? Um jipe em termos noticiosos não vale nada. Nadinha mesmo. E desgraçadamente não temos por aqui um helicóptero que ande a passear presidentes de junta e outros ilustres. Somos uns tristes, Serafim. Somos uns tristes!É claro que a projecção mediática poderia ter surgido a partir da reportagem da semana passada sobre a sucataria que os bombeiros continuam a utilizar para desempenhar as suas funções. Mas nem isso. Calcula tu que até houve bombeiros que se insurgiram contra o texto publicado aqui n’ O MIRANTE. Não porque fosse mentira o que foi escrito, mas porque não tínhamos nada que mostrar as desgraças que por ali vão. O governo não se pode queixar de falta de apoio. Ficámos a saber que há quem continue disposto a comer e a calar. Fantástico. Que impressionante exemplo de masochismo. Estas fidelidades devem ser devidamente recompensadas. Se não for com carros que seja com cargos. Vou continuar em Tomar porque, para além do jipe, há também a história da camioneta. Sim. Da camioneta de papel que foi gasta no inquérito sobre os eventuais actos de coacção sexual praticados pelo vereador António Fidalgo sobre quatro funcionárias. Quinhentas e tal páginas de blá-blá-blá, para concluir que nada se poderia concluir. Exemplar. Quinze dias depois o Ministério Público acusou formalmente o autarca da prática daquele crime. Mas afinal que merda é esta??!! Para que servem estes inquéritos?? É para gastar o dinheiro dos contribuintes??? É para nos atirarem areia para os olhos??? E o que me dizes à “guerra do mouchão da Póvoa” entre a Junta de Freguesia de Póvoa de Santa Iria e a câmara municipal de Vila Franca de Xira/ Junta de freguesia de Vila Franca de Xira? Achas que poderemos ter ali um crise do género das Malvinas? Socialistas contra socialistas por causa de cinco quilómetros de terra no meio do Tejo. Eu referi-me ao mouchão da Póvoa mas emendo a mão. Por enquanto e enquanto nenhuma das partes amouchar, vou chamar-lhe apenas “o mouchão”. Os autarcas dizem que estão abertos a conversações, mas nestas disputas territoriais, nunca fiando. De vez em quando ainda surgem notícias de gajos mortos à sacholada por causa de um palmo de terra.Saudações pré-invernais do amigoManuel Serra d’Aire

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