O ministro da Economia, Carlos Tavares, propôs na passada sexta-feira, a abertura de um debate nacional para preservar a gastronomia portuguesa, no encerramento do 1º. Congresso da Federação Nacional das Confrarias Gastronómicas, que decorreu em Angra do Heroísmo.Carlos Tavares sustentou que “o debate tem de ser feito de forma apaixonada, através de uma forte e sincera cooperação entre as diferentes regiões portuguesas e não em competição, porque seria desvalorizar o património gastronómico”.Para o ministro da Economia, “não existem dúvidas de que a valorização do património gastronómico nacional é uma das peças chave na oferta turística cujo modelo deve ser a elevada qualidade”.O nosso objectivo, disse Carlos Tavares, é o fomento de bons alojamentos, bons espaços de lazer, boas vias de comunicação, boa oferta cultural e uma excelente restauração, como cartão de visita de Portugal.Por seu turno, o secretário regional da economia dos Açores, Duarte Ponte, realçou “os sabores da cozinha tradicional açoriana, fortemente influenciados pelas especiarias que aqui se radicaram desde as descobertas a oriente, hoje preservadas pelo isolamento das ilhas”.Duarte Ponte chamou a atenção para a qualidade das produções açorianas da carne e do leite, dotadas de características naturais que contribuem para a preservação da saúde humana, nomeadamente no combate ao colesterol através dos ácidos gordos (W-3).O I Congresso da Federação Nacional das Confrarias Gastronómicas, que decorreu durante três dias no Centro Cultural e de Congressos de Angra do Heroísmo analisou a história da alimentação e a sua arqueologia, meios para a defesa de uma boa mesa e a gastronomia no futuro.Os seus responsáveis pretenderam mostrar a necessidade de eliminar “a ideia de que as confrarias são clubes onde apenas se come”.Lusa