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A ex-professora da escola de Valverde

Foi com satisfação que os pais dos alunos de Valverde receberam a “ajuda” da comunicação social a fim de tentar resolver as questões mais urgentes que iam sendo sucessivamente adiadas ou mesmo esquecidas.Eu sou professora e estive colocada por dois anos em Valverde. Sempre que lá estive como professora, fiz as diligências junto do agrupamento e da câmara municipal, no sentido de serem feitas obras de melhoramento das condições de higiene e de segurança. Reconheço que os meus esforços, bem como os das minhas colegas, não se mostraram muito frutíferos, uma vez que realmente a única coisa que conseguimos, e já não foi pouco, foi sensibilizar as entidades competentes para a urgência da situação. Ao longo do ano, conseguimos que a autarquia viesse à escola e fizesse, pela segunda vez o projecto de intervenção no edifício. O que não conseguimos foi evitar que os pais tomassem medidas mais drásticas, como fechar a escola, pois afinal a câmara prometera que dada a urgência da situação as obras seriam feitas nas férias do Verão, e como não foram...Neste ano lectivo, continuo ligada a esta escola pois sou encarregada de educação do meu filho, que entrou pela primeira vez para a escola. Ora como mãe, fiz e faço parte do grupo que reivindica a melhoria das condições. Nunca me escusei a “dar a cara”, nem me recusei a confirmar quais os problemas com que se debatem pais, professores e alunos da escola de Valverde; no entanto, não poderia de forma nenhuma fazer as afirmações ou desabafos que me são atribuídos pelo vosso jornal. “A Câmara de Santarém não nos liga”, desabafou Susana Bento. Se esta frase tivesse sido dita pela professora do ano anterior, penso que era grave dado que, a professora do ano passado é a mãe do Ricardo e não se dissociam. É uma frase simples, mas carregada de significado, que pela posição em que me encontro, nunca diria. Tentei acalmar os ânimos sempre que se encontravam mais exaltados, e ao mesmo tempo resumir os problemas da escola, que são muitos. Compreendo que o jornalista que fez a reportagem não me conhecesse e que de facto ele poderá ter escutado qualquer das afirmações que me atribui, mas nunca foi da minha boca, até porque o que eu disse ao jornalista foi que tínhamos pedido à professora que solicitasse ao vereador que recebesse os pais a fim de tentar esclarecer a situação, e que estaríamos a aguardar a resposta pela escola, o que não aconteceu até à hora em que o jornalista esteve connosco, pelo que não posso aceitar que venha escrito “ criticou, realçando que o vereador da Educação da autarquia, Joaquim Neto, “nunca se disponibilizou” para receber os pais. Não posso aceitar e espero que já no próximo número esta situação venha devidamente esclarecida, pois eu não quero problemas com ninguém e dei a cara a toda a comunicação social que apareceu no local, sem que isso me trouxesse qualquer problema. Espero a vossa melhor compreensão e estou ao dispor para qualquer esclarecimento. Têm a minha autorização para publicar esta minha carta. AtenciosamenteSusana Bento - ValverdeNota da redacção: Não pomos em causa as palavras de Susana Bento e até admitimos que possa ter sido outra pessoa a proferir esse desabafo, que realmente foi lá ouvido mais do que uma vez: “A Câmara de Santarém não nos liga”. O essencial da notícia, porém, não passa por aí. Os factos demonstram claramente que ao longo dos anos a câmara não tem realmente garantido a preservação da escola de Valverde. Lamentamos também que Susana Bento tenha omitido à nossa reportagem a sua condição de anterior professora da escola, pormenor importante para a notícia, até porque os problemas não surgiram só este ano.

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