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Assembleia empata quadro de pessoal

No Entroncamento

A proposta de alterar o quadro de pessoal da Câmara Municipal do Entroncamento não passou na assembleia, realizada na passada sexta-feira, dia 26. As bancadas do BE e da CDU, ajudadas pelo PS, criticaram vivamente a proposta camarária e o assunto acabaria por ser retirado. Igualmente polémica foi a discussão sobre a integração do Entroncamento na futura comunidade urbana do Médio Tejo, mas neste caso a votação foi favorável.

A contratação de um agrónomo para o quadro de pessoal da câmara e de mais um elemento para o gabinete de comunicação social foram os pontos criticados pelos partidos das bancadas da oposição. Os vogais queriam saber os motivos que moviam a câmara a criar estes dois novos lugares. Jaime Ramos, presidente da câmara, argumentou que forneceu todos os elementos pretendidos: “Pediram-me os conteúdos funcionais e eu entreguei-os, não só destes técnicos, mas de todos os outros”.A oposição, no entanto, queria saber mais. Queria saber qual a necessidade de a câmara para contratar tais técnicos. Mário Eugénio, vogal da CDU, considerou que este “desentendimento” entre o pretendido e fornecido “deu jeito ao presidente”. Argumento que Jaime Ramos não admitiu.Mora Leitão, presidente da assembleia municipal, reafirmou que Jaime Ramos se tinha disponibilizado a prestar todos os esclarecimentos.O PP defendeu a criação de um lugar para uma técnica de recursos humanos, em vez de um lugar para o gabinete de comunicação social, e o BE também não encontrou justificação para tal proposta. João Lérias, do PS, ironizando com uma proposta feita por si e votada favoravelmente, afirmou que o agrónomo seria para cuidar das “oliveiras” e das hortas nos quintais.Para Jaime Ramos este é um assunto demasiado sério porque a alteração ao quadro de pessoal permitiria resolver muitos dos problemas criados em anteriores mandatos e mais do que tudo ali “tratava-se de pessoas que criaram família ao serviço da Câmara e a quem foram dadas expectativas e não de política”. A alteração ao quadro de pessoal propõe a criação de 64 novos lugares, alguns para promoção na carreira e a maior parte para auxiliares de serviços gerais e a extinção de sete. O quadro ficaria completo com 407 funcionários. Actualmente, o quadro contempla 305 lugares, 138 dos quais se encontram vagos.Adesão a comunidade urbana muito discutidaA CDU, à semelhança do que aconteceu na vizinha cidade de Torres Novas, votou contra a constituição da comunidade urbana do Médio Tejo e, de uma forma geral, à lei que permite este novo modelo administrativo do país. Defende que esta é uma lei que irá provocar o emagrecimento e descaracterização do poder local.Por seu turno, João Lérias, colocou a hipótese do município passar para a futura comunidade urbana da Lezíria. Considera que a legislação, criada pelo actual governo, é uma “mini-regionalização”, sem as vantagens do projecto, consagrado na Constituição, de regionalizar o país. Mas votou a favor.Também o BE se mostrou bastante crítico. Os bloquistas defendem a eleição directa dos futuro dirigentes da comunidade numa exigência de mais democracia, contrariando assim o que entende que já se perfila: “Abrantes, Torres Novas e Tomar estão em bicos dos pés”.Os social-democratas não teceram grandes argumentos. “Congratulam-se” com a lei e tal como todas as forças políticas representadas nesta assembleia, às excepção da CDU, votaram a favor da constituição da comunidade urbana do Médio Tejo, com a participação do Entroncamento.Margarida Trincão

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