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Miguel Relvas defende mais poderes para as juntas de freguesia

Miguel Relvas, o secretário de Estado da Administração Local, voltou a repetir a ideia de que as autarquias não estão preparadas para assumir novas competências mas que mantêm o desafio que tem vindo a repetir ao longo deste seu mandato no governo: “a descentralização vai dar origem a uma reforma que já é imparável, e a criação de comunidades urbanas e, noutros casos, de grandes áreas metropolitanas e comunidades intermunicipais, vai permitir finalmente que em Portugal as assimetrias sejam muito menores de região para região”.Porque é necessário recuperar o tempo perdido, “principalmente aquele em que os políticos andaram a trabalhar para fazerem capas de jornais”, Miguel Relvas acabou a reconhecer mais uma vez que as câmaras municipais não estão preparadas humana e financeiramente para assumir novas competências mas defendeu, por outro lado, que “a eficácia na gestão autárquica passa pela capacidade dos municípios se agregarem e estabelecerem parcerias publico - privadas sem prejuízo da qualidade dos serviços prestados às populações”.Falando num seminário para autarcas social democratas, no Barreiro, no passado sábado, Miguel Relvas deixou ainda um recado aos presidentes das câmaras no sentido de eles próprios também começarem a descentralizar para as juntas de freguesia. “Temos que encontrar um novo modelo agregador para as freguesias portugueses”, avisou, adiantando que já tem algumas ideias sobe a forma de propor novos métodos de trabalho, nomeadamente depois de discutir o assunto com a Associação Nacional deFreguesias, deixando no entanto para melhor oportunidade o anúncio do que tem para propor.Fernando Seara, o presidente da Câmara Municipal de Sintra falou a seguir a Miguel Relvas e, para surpresa de todos os jornalistas presentes na sala, pediu para falar off the recordNa sua intervenção não se esqueceu de referir várias vezes o trabalho do secretário de Estado e, a certa altura, ironizando com as diferentes cores clubistas de ambos, referiu que enquanto Relvas falava e trabalhava sempre com a cor da esperança ( o verde), ele era uma dor permanente ( por ser adepto do vermelho).Baseando toda a sua intervenção na sua experiência como autarca nestes últimos 18 meses, Seara justificou o pedido de silêncio à comunicação social abrindo o leque das suas preocupações, não se esquecendo de reflectir também sobre o papel da comunicação social referindo, apenas como exemplo, que um ponto de share em televisão vale um milhão e meio de contos.

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