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Trabalhar para a fotografia

Vereadora do PSD na Câmara de Santarém acusa PS de gastar demasiado em propaganda

A vereadora do PSD na Câmara de Santarém, Hélia Félix, tornou a acusar, na segunda-feira, a gestão socialista de gastar demasiado dinheiro na promoção da imagem do município, considerando que essas verbas deviam ser canalizadas para outras áreas consideradas mais prioritárias, como a liquidação de dívidas a fornecedores ou o pagamento de subsídios em atraso às juntas de freguesia.

A autarca recordou que no início do actual mandato, quando o presidente Rui Barreiro (PS) propôs a rescisão de protocolos com duas empresas de comunicação social – Terra Branca e Rádio Pernes – um dos argumentos aduzidos pelo autarca foi precisamente o da débil situação financeira do município. “Pensava que critério era poupar e não gastar dinheiro em coisas que não eram essenciais, dando-se prioridade ao pagamento a fornecedores”, afirmou Hélia Félix durante a reunião do executivo.Só que entretanto Rui Barreiro parece ter mudado de opinião, como se depreende da resposta dada: “Acho que um dos défices da nossa governação é a falta de informação”. E acrescentou que o seu executivo não está a ir além do permitido e “está aquém” no que toca a “mostrar à população aquilo que se está a fazer”.Talvez por isso, para além do boletim municipal entretanto reactivado e de um bem recheado gabinete de imprensa e relações públicas, tenha ainda recorrido aos serviços de uma empresa de Lisboa – a Communicare – para projectar a imagem de Santarém “além fronteiras”. E sem concurso, diga-se.O autarca socialista, que acusou o seu antecessor Miguel Noras de rubricar protocolos secretos - por não os ter levado ao conhecimento do executivo -, acabou por protagonizar situação idêntica. Primeiro, ao contratar empresas da mesma área sem consultar também os seus pares. E depois por não ter apresentado à vereação os resultados do concurso público para a elaboração do boletim municipal e da agenda cultural, já conhecidos desde o início de Julho.Só na segunda-feira, após Hélia Félix ter pedido explicações sobre a matéria, é que Rui Barreiro deixou a garantia de que o processo seria agendado para próxima reunião. Recorde-se que a feitura do boletim municipal, reactivado neste mandato e elaborado inicialmente por uma empresa através de concurso limitado, foi adjudicada recentemente à empresa Plinfo, de Lisboa, na sequência de um concurso público. A firma vai receber 51 mil euros mais IVA durante dois anos para garantir a saída bimestral do Forum Santarém.A vereadora do PSD agradeceu a disponibilidade manifestada pelo presidente para fornecer essas informações, mas apelou para que não aconteça como em ocasiões anteriores, quando promessas semelhantes caíram em saco roto. Lembrou os pedidos de esclarecimento sobre o concurso para a agenda cultural e sobre o papel que José Luís Cruz desempenhava na câmara na altura e que nunca obtiveram resposta concreta. Embora se saiba que esse eleito socialista na assembleia municipal e figura próxima de Barreiro no PS tinha responsabilidades importantes na área da comunicação e imagem, apesar de não ter qualquer vínculo à autarquia. O seu nome chegou mesmo a ser indicado para prestar esclarecimentos técnicos às empresas consultadas pela autarquia no âmbito do concurso limitado para elaboração da agenda cultural, realizado no Verão de 2002. Uma situação que Hélia Félix estranhou e que referiu na reunião de segunda-feira, não tendo obtido mais uma vez qualquer reacção dos socialistas.

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