“Tudo tem limites”
Obras do centro comercial de Santarém irritam autarcas
As obras na área envolvente ao centro comercial da Imocom não estão só a exasperar o cidadão comum que diariamente se confronta com as dificuldades de circulação e com os obstáculos ao tráfego automóvel, que se verificam nessa zona do centro de Santarém.
Na última sessão da Assembleia Municipal de Santarém, realizada na noite de sexta-feira, o eleito do PS Leonel Martinho do Rosário afirmou “que tudo tem limites”, reportando-se ao fecho de ruas pela construtora naquela zona da cidade, já de si bastante conflituosa no que respeita ao tráfego.“A empresa parece poder fechar as ruas e ocupar a via pública quando quer”, afirmou o eleito socialista, questionando se a empresa pede atempadamente licença para fechar as ruas e se paga taxas pela suposta ocupação da via pública.O presidente da Junta de Freguesia de Marvila, onde se situa o empreendimento, subscreveu na íntegra a intervenção de Martinho do Rosário e deu conta de reclamações de cidadãos sobre a “anarquia” que se vive na zona. “Já assisti que qualquer funcionário das obras fecha ruas e abre ruas, que há carros pesados já descarregados estacionados em cima dos passeios...”, descreveu Mário Santos (PSD), que pediu ao presidente da câmara para colocar um fiscal municipal em permanência naquela zona.Na resposta, Rui Barreiro (PS) garantiu que a câmara “tem acompanhado de perto” todas as intervenções feitas na zona e que as normas relativas à ocupação do espaço público têm sido cumpridas pela empresa. O presidente da câmara afirmou ainda que recentemente a câmara averiguou se teria havido ocupação abusiva de espaço público e alterações ao projecto, não se tendo confirmado nenhuma dessas situações.“Fazer uma obra daquela dimensão em zona urbana consolidada envolve sempre alguns riscos. A empresa já foi admoestada por algumas situações, mas tem havido um cumprimento quase escrupuloso das regras”, concluiu o autarca.
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