O nó de acesso directo do Cartaxo à auto-estrada do norte (A1) vai ser construído durante o alargamento para três vias do troço entre Aveiras de Cima (Azambuja) e Santarém, que já está em fase de arranque. O anúncio foi feito pelo ministro da Presidência, Nuno Morais Sarmento, durante um jantar organizado pela concelhia do Cartaxo do PSD, que se realizou na sexta-feira, 31 de Outubro, num restaurante da cidade. Para o presidente da Câmara Municipal do Cartaxo, Paulo Caldas (PS), esta é uma decisão histórica. “O nó é um passo de gigante para o Cartaxo que vai permitir mudar o curso da história da nossa terra”, afirmou Paulo Caldas a O MIRANTE, adiantando que o primeiro dia de Novembro foi um dos dias mais felizes da sua vida.O autarca considera que a construção do nó, anunciada duas semanas depois de ser inaugurada a variante sul que ligará ao futuro aeroporto da Ota, permite que o Cartaxo fique irreconhecível no espaço de uma década.A construção do acesso à A1, que resulta de uma parceria entre a Brisa, Instituto de Estradas de Portugal e autarquia, deverá custar cerca de 4,1 milhões de euros e será suportada em 80 por cento pela concessionária de auto-estradas. Os restantes 20 por cento deverão ser garantidos pela autarquia, mas o modelo de financiamento não está ainda definido.A obra irá desenvolver-se na ligação entre a A1 e a Estrada Nacional 114-2, no norte do concelho do Cartaxo. Junto ao nó de acesso vai surgir também o Parque de Negócios do Cartaxo, cuja construção estava dependente do avanço do acesso directo à A1 (ver texto nesta edição). Paulo Caldas lembrou a ajuda de todas as pessoas de vários partidos que tornaram possível a concretização do nó. “Acima de tudo é a população do Cartaxo que está de parabéns”, afirmou, adiantando que não se irá pronunciar mais publicamente sobre o assunto para não prejudicar o andamento do processo.A variante que irá ligar o Cartaxo (norte) à auto-estrada em Santarém, será a próxima luta do executivo, que espera que a via de acesso à capital de distrito seja construída “de uma só vez”.A construção do nó de acesso à A1 é já uma antiga luta do município do Cartaxo, atravessado em três locais pela auto-estrada, mas sem qualquer ligação à mesma, o que motivou inúmeras iniciativas, incluindo uma petição apresentada na Assembleia da República por um grupo de cidadãos do Cartaxo.Em comunicado, o presidente da Comissão Política Concelhia do PSD do Cartaxo, Vasco Cunha, agradece ao Governo o empenho demonstrado na resolução de vários problemas relativos ao concelho. “Trata-se de uma justa reivindicação local que, durante o Governo socialista, foi constantemente adiada e que suscitou, muitas vezes, na Assembleia Municipal do Cartaxo, a votação contra, dos autarcas socialistas, mais empenhados – então – na defesa dos seus governantes do que na resolução deste antigo anseio. Por ser da mais elementar justiça, o PSD do Cartaxo saúda os contributos dados pelos cidadãos subscritores da petição e as forças políticas do PCP e do CDS-PP que muito contribuíram para a resolução desta causa comum”, lê-se no manifesto.O presidente da concelhia, que é também deputado do PSD, salienta a coragem política do Governo que, mesmo numa conjuntura económica e financeira difícil, procura avançar com projectos que correspondem a anseios antigos e essenciais da população do concelho do Cartaxo. “A última semana foi histórica e extraordinária para o nosso concelho e este Governo ficará a elas associado”.