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Em Coimbra Assembleia contra deslocalização da Sociedade de Porcelanas

A Assembleia Municipal de Coimbra (AMC) aprovou segunda-feira, 29, uma moção em que promete desenvolver todos os esforços para impedir a transferência dos trabalhadores da Sociedade de Porcelanas (SPC) para uma empresa do concelho da Batalha.A deliberação foi tomada por unanimidade na presença dos actuais trabalhadores daquela unidade cerâmica, que se manifestaram na rua contra uma eventual deslocalização da SPC para São Mamede, Batalha, que dista de Coimbra quase 100 quilómetros.No documento de solidariedade com os manifestantes, cuja proposta foi subscrita por membros de todas as bancadas, a AMC reclama a “clarificação imediata da situação em que se encontra” um protocolo celebrado entre a Câmara Municipal e a Sociedade de Porcelanas e “quais as razões da sua não concretização”.No dia 19 de Dezembro, a União dos Sindicatos de Coimbra (USC) anunciou que 39 dos 70 operários recusaram entrar no autocarro que os deveria transportar, às 08:00, para a fábrica de São Mamede, não acatando a ordem da administração, que os impediu de retomar o trabalho nas instalações de Coimbra.Há um mês, a SPC negou por carta à Câmara de Coimbra a intenção de encerrar a empresa e alegou que a transferência de trabalhadores é uma “decisão temporária”.O vice-presidente da autarquia, Pina Prata, disse então à Lusa que o empresário Ramiro Vieira, administrador da SPC, reiterou que a empresa mantém os planos, previstos no protocolo, para construir uma nova fábrica de louças noutro ponto do concelho de Coimbra.”Que seja prestada informação completa, e no mais curto espaço de tempo possível, (...) dos resultados das medidas de incentivo e apoio à fixação de empresas”, exigiu a Assembleia Municipal, considerando que os trabalhadores da fábrica da Arregaça estão a ser “objecto de uma chantagem inqualificável”.O presidente da Câmara, Carlos Encarnação, disse aos manifestantes, que aguardavam em silêncio uma decisão da AMC, exibindo cartazes com as suas reivindicações, que o protocolo com a Sociedade de Porcelanas “é para ser cumprido”.No âmbito da valorização e qualificação ambiental da Arregaça, onde a autarquia pretende implantar uma “unidade de execução”, a actual fábrica deverá ser transferida para outro local do concelho, comprometendo-se a empresa a a manter, pelo menos, o “número de postos de trabalho existentes à data de assinatura” do protocolo, a 11 de Março deste ano.”Nós não escondemos coisa nenhuma”, disse Carlos Encarnação, sublinhando que “trabalhadores e Câmara Municipal estão do mesmo lado” neste processo.Lusa

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