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Louvor a funcionário provoca polémica

Presidente da Assembleia Municipal de Almeirim não gostou da proposta da CDU

Um voto de louvor ao funcionário que secretaria a mesa da Assembleia Municipal de Almeirim, apresentado pela CDU, gerou na sessão desse órgão, realizada segunda-feira, 29 de Dezembro, um desaguisado entre essa força política e o PS. Os comunistas justificaram que o louvor tinha a ver com o facto do funcionário deixar as suas funções ao serviço da assembleia, o que irritou o presidente da mesa. Armindo Bento (PS) acusou os elementos da CDU de estarem a politizar a questão. A proposta nem chegou a ser votada porque o plenário recusou a sua entrada na mesa.

A questão até parecia pacífica uma vez que na assembleia extraordinária do dia 12 de Dezembro já tinha ficado no ar a ideia de que o funcionário ia abandonar o cargo. Uma situação visível pelo facto de se encontrar um segundo elemento no secretariado, o que nunca aconteceu. Aliás as próprias convocatórias para as sessões já vêm assinadas por José David, que vai substituir João Magalhães. No final da última sessão o presidente da mesa, Armindo Bento, justificou que o abandono do funcionário se deve ao facto deste se sentir cansado e de há já algum tempo vir a pedir a sua substituição. Mas há quem diga que por trás deste pedido de João Magalhães existem outras questões.No entanto, o voto de louvor apresentado pelo deputado da CDU, José Manuel Sampaio, provocou uma reacção inesperada dos socialistas. Carlos Mota foi o primeiro a reagir dizendo que o PS não tem conhecimento da situação. Mais irritado, o presidente da assembleia disse lamentar “a atitude da CDU que quer politizar a situação. Parece que sabem mais do que eu”, salientou, acrescentando que o louvor não beneficia o funcionário “porque ainda não é oficial a sua substituição”. José Manuel Sampaio respondeu dizendo que não percebia tanto “secretismo”, quando “foi o próprio funcionário que fez saber que ia abandonar o cargo”. E acrescentou que “nas outras assembleias não haviam duas pessoas no secretariado”. O deputado comunista disse também não perceber em que é que “um voto de louvor pode prejudicar um funcionário”. A proposta da CDU nem sequer chegou a ser posta à votação, já que Armindo Bento recusou recebê-la, fazendo assim depender a sua entrada na mesa do voto do plenário. A CDU votou a favor e PSD e PS votaram contra. Numa declaração de voto, José Manuel Sampaio referiu que o “João Magalhães merece o nosso apreço e não percebo porque é que um louvor tenha que ser politizado pelo presidente da assembleia”. João Magalhães dá apoio à assembleia municipal há 27 anos. É funcionário da Câmara de Almeirim, exercendo funções no departamento de recursos humanos.

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