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PS segurou presidente da assembleia

Destituição de Marques Dias foi chumbada no Forte da Casa
A montanha pariu um rato. O presidente da Assembleia de Freguesia do Forte da Casa, no concelho de Vila Franca de Xira, António Dias Marques (PS), vai continuar em funções. Os sete votos dos eleitos socialistas, que tem maioria absoluta, foram suficientes para segurar o líder. Social democratas (quatro eleitos) e CDU (dois, mas só um esteve presente), solicitaram o agendamento do ponto na ordem do dia, mas sabiam que estavam dependentes de pelo menos três votos socialistas. Segundo o comunista José Seabra, alguns eleitos do PS tinham criticado a postura do presidente e tinham admitido a sua substituição. “Nós não temos nada contra a substituição por outro eleito do PS, só que este senhor não tem competência”, disse José Seabra a O MIRANTE antes da reunião.Rui Martins, líder da bancada do PS desmentiu a autoria de qualquer comentário desfavorável acerca do desempenho do presidente da assembleia e manifestou total confiança no líder da mesa a quem reconheceu qualidades “pessoais” e “políticas” para o desempenho das funções. Uma opinião bem diferente expressou a oposição. Mário Cardoso (PSD) denunciou a existência de um défice de democracia e de “uma colagem à maioria do PS”. Segundo o eleito laranja, Marques Dias não sabe conduzir as reuniões, interrompe sistematicamente os eleitos da oposição e não respeita as figuras regimentais como a defesa da honra ou o protesto. “Não questionamos Marques Dias como pessoa, mas como político”, disse.José Seabra (CDU) reforçou as críticas acusando Marques Dias de impedir o acesso dos eleitos da oposição à sala destinada à assembleia de freguesia, enquanto eleitos do PS foram vistos no interior das instalações. Num dos diálogos acesos que manteve com José Seabra, o presidente da assembleia, Marques Dias acusou o autarca comunista de estar a “anarquizar o funcionamento da assembleia”. Depois de anunciar o resultado da votação da proposta de destituição, Marques Dias optou pelo silêncio. A defesa do líder da assembleia foi feita pelo presidente da junta, António Inácio (PS) que justificou a permanência de um eleito do PS nas instalações como uma visita de um amigo e afirmou que todos os eleitos têm acesso às instalações no horário de funcionamento da junta. O líder da bancada do PS, Rui Martins acusou as três bancadas de serem as principais responsáveis pelos episódios que marcaram as últimas reuniões. “A assembleia é que devia ser toda destituída”, disse.

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