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O último presidente da Junta do Entroncamento

Ezequiel Estrada, independente eleito pelo PSD
Estreou-se na actividade política no presente mandato, embora já tivesse sido convidado por outra força partidária, que não quer referir, em eleições anteriores. Ezequiel Estrada, eleito como independente pelo PSD, vai ficar na história como o último presidente da Junta de Freguesia do Entroncamento. Nas autárquicas de 2005 haverá duas freguesias neste município: Nossa Senhora de Fátima (a norte) e São João de Brito (a sul). Nasceu em Ponte de Sor e foi para o Entroncamento com apenas 10 anos, em 1963. Estudou na Escola Industrial de Torres Novas e aos 18 anos entrou para a Portugal Telecom, então Correios e Telecomunicações, onde esteve até 2000. “Foram 30 anos de trabalho ao serviço da PT. Comecei no Entroncamento e acabei em Torres Novas depois de estar seis anos em Leiria a chefiar a contabilidade. Saí quando a situação me pareceu vantajosa para o meu lado, estava no topo da carreira”. Toca cavaquinho, foi director do Clube de Torres Novas da Portugal Telecom, e um dos elementos do grupo de música tradicional portuguesa da PT “Tarambola”. “Agora o grupo está suspenso, mas tivemos muitas actuações, o nosso CD foi apresentado em Paris na embaixada de Portugal”, recorda.Mas ainda nos tempos de escola tinha integrado outros grupos musicais. O primeiro dedicado às festas de estudantes chamava-se “José Lourenço e os seus fenómenos”. Depois foi a vez de “Os filhos da noite”, um conjunto de baile que animou os bailaricos das redondezas.Actualmente continua a tocar cavaquinho e qualquer dia o “Tarambola” junta-se para fazer novo trabalho. Mas para além desta actividade lúdica, Ezequiel Estrada tem outros interesses. Casado e pai de dois filhos adultos, confessa-se um adepto da internet - “É muito interessante e os meus filhos ajudam-me” – e apreciador da boa mesa: “Gosto muito de um bom petisco. Temos um grupo de 21 pessoas, que já vem da Telecom, muitos deles da zona de Torres Novas, que se junta na primeira quinta-feira do mês para jantar, por isso se chama os Quintas”.Em termos de desporto, o presidente da Junta da Freguesia do Entroncamento, diz-se um tímido adepto do Benfica, mas o futebol não é a sua modalidade de eleição: “Vejo, mas não vou aos estádios e só acompanho o Ferroviários de vez em quando”.As suas preferências vão para o basquete: “Estive ligado ao União Futebol do Entroncamento como dirigente da área do basquetebol, foi uma experiência muito interessante cheguei a ter 120 atletas desde iniciados a seniores. Chegámos a ganhar um campeonato distrital em Leiria, no escalão de juniores A. Hoje o basquete está extinto no Entroncamento. É uma pena”.Para Ezequiel Estrada, foi esse contacto com o desporto que o levou à política, situação bastante comum no panorama nacional. “Quando eu era dirigente do basquete, o presidente do União era o actual vice-presidente da câmara, Luís Boavida, e Jaime Ramos, o presidente da câmara, era o vereador para o desporto. Penso que foi por esta actividade associativa que entrei na política”, afirma.Quando foi convidado para liderar a lista proposta pelo PSD à junta de freguesia do Entroncamento, Ezequiel Estrada, já livre das responsabilidades profissionais, achou que podia ser útil à população do Entroncamento. “Não foi por ambição política que aceitei, mas por achar que podia trabalhar para melhorar as condições de vida das pessoas”. Mantém o mesmo propósito no que diz respeito a uma possível recandidatura: “Primeiro tem de surgir o convite, depois terei de analisar e se achar que posso ser útil talvez aceite, mas gostaria de ficar sempre ligado à freguesia, onde há mais contacto com a população”.No entanto, para um primeiro contacto com a política, Ezequiel Estrada soma cargos atrás de cargos. Foi eleito para o conselho directivo da Associação Nacional de Freguesias (Anafre), para o conselho directivo da comissão distrital da mesma associação e nomeado para representar as freguesias na Comissão Coordenadora e de Desenvolvimento da Região de Lisboa e do Vale do Tejo. “Somos dois, o outro presidente de junta é o meu colega do Montijo”, esclarece.

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