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Cartaxo e Azambuja na Comunidade Urbana da Lezíria

Cartaxo e Azambuja na Comunidade Urbana da Lezíria

Executivos camarários decidiram por unanimidade

Azambuja e Cartaxo decidiram finalmente aderir à Comunidade Urbana da Lezíria do Tejo. As respectivas assembleias municipais terão agora de ratificar essa deliberação, antes de se dar início à criação formal da nova entidade.

Os executivos camarários de Cartaxo e de Azambuja decidiram por unanimidade integrar a Comunidade Urbana da Lezíria do Tejo. No Cartaxo a adesão à comunidade urbana foi aprovada por unanimidade na segunda-feira, embora persistam algumas dúvidas em relação ao ordenamento, descentralização de competências e eleição dos representantes, uma vez que não há eleição directa por parte dos cidadãos.O presidente da Câmara do Cartaxo, Paulo Caldas (PS), considera no entanto que a comunidade deve ser constituída porque a Lezíria do Tejo é um espaço coeso. “O grande problema é que poderá transformar-se num retalho do país em termos de ordenamento”, observou.O vice-presidente da autarquia, Pedro Ribeiro (PS), considera que a questão é saber se “este é o modelo de regionalização que vai ajudar a combater as actuais assimetrias regionais”. Para Pedro Ribeiro é redutor limitar o planeamento tendo apenas em conta os critérios de continuidade territorial, número mínimo de municípios e número mínimo de habitantes. Há ainda a questão de não se saber onde está a “cidade mãe da Lezíria do Tejo”. Trata-se de um espaço predominantemente agrícola onde apenas uma minoria do território pode ser considerado urbano.O vereador do PSD, Vasco Cunha, considera que a constituição da comunidade urbana é um projecto importante enquanto forma de descentralização.Para o vereador Augusto Parreira (PS), apesar das dúvidas e insuficiências, trata-se da grande oportunidade de promover a descentralização. Na sua opinião a comunidade poderá ser também ajudar a gerir melhor os equipamentos, como é o caso dos hospitais. Em termos da representatividade surgem também dúvidas que Augusto Parreira classifica como insuficiência democrática. “Quando se é eleito para gerir um concelho é a mesma coisa que gerir uma região”.Para o vereador Álvaro Pires (PS) é essencial que com a adesão não se percam as especificidades de cada concelho. “Que as comunidades não desvirtuam o que as populações assumiram como sendo conquistas suas”.Azambuja corta amarras com LisboaEm Azambuja a decisão de aderir à comunidade urbana, deixando para trás a Área Metropolitana de Lisboa, foi tomada na reunião de câmara realizada na quinta-feira, 5 de Fevereiro.O presidente da Câmara Municipal de Azambuja, Joaquim Ramos (PS), considera que as “afinidades do concelho de Azambuja, quer ao nível da densidade populacional e das formas de ocupação do solo, quer do tecido económico, da cultura e das perspectivas de desenvolvimento se concentram nos concelhos que integram a actual Associação de Municípios da Lezíria do Tejo, na qual a Azambuja se inclui”.Por outro lado, a integração permitirá ao concelho aceder a fundos comunitários a partir do fim do III Quadro Comunitário de Apoio. Azambuja tem já também em desenvolvimento vários projectos de âmbito intermunicipal no âmbito da Associação de Municípios da Lezíria, como o Ribatejo Digital, a carta do ruído e a carta escolar.O vereador da CDU, Manuel Rocha, votou favoravelmente, esclarecendo assim a posição da coligação democrática no executivo que até há pouco tempo não tinha ainda uma posição definida sobre o assunto. O vereador do PSD, Jorge Lopes, voltou a defender a integração do município na Comunidade Urbana da Lezíria do Tejo, de acordo com a posição pública tomada no final do ano que resultou de uma deliberação do PSD de Novembro de 2003.“Quer por razões de desenvolvimento económico e social, quer por razões de personalidade e tradição que estão mais ligadas à Lezíria do Tejo do que à área metropolitana de Lisboa obviamente votamos a favor”, afirmou.
Cartaxo e Azambuja na Comunidade Urbana da Lezíria

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