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O universo das casas inteligentes

O universo das casas inteligentes

Logic Home está instalada no TagusValley e aposta no negócio da domótica
Imagine que vai comprar uma casa. Tirou o dia para visitar várias habitações e agora está defronte de dois edifícios aparentemente iguais. Entra no primeiro e o que encontra? Bons acabamentos, boas vistas, mas, pensa para consigo, as habituais “quatro paredes”. Agora, entra no segundo edifício e descobre que, para além dos bons acabamentos e das boas vistas, esta é uma casa Inteligente. Ou seja, equipada com segurança técnica capaz de identificar fogo ou fumo, inundações, fugas de gás ou ainda falhas de energia eléctrica. Pode ainda, por exemplo, comandar os estores, regular a intensidade da luz artificial e até a distribuição de som pela casa. Um leque de potencialidades sem fim. Dois exteriores em tudo semelhantes, dois interiores com pouco em comum. Uma diferença que para o engenheiro Paulo Rodrigues, o “pai” da Logic Home (Soluções Inteligentes para Edifícios) pesa cada vez mais na hora de comprar casa. “Hoje em dia, as pessoas não querem comprar apenas quatro paredes. Já exigem algo mais e os factos mostram isso mesmo. Os empreendimentos que têm este tipo de “gadgets” estão a ser vendidos, enquanto os mais tradicionais, logo ao lado, não. A nossa experiência diz-nos que em todos os sítios onde estamos com andares modelos, as pessoas têm vindo a comprar, pois são estas propostas que marcam a diferença no sector da construção”. E foi precisamente com a intenção de marcar a diferença que a Logic Home surgiu. Paulo Rodrigues dirigia desde 1990 a Logicalc, uma empresa que desenvolvia acções e processos comerciais nas áreas de consultoria e informação, quando dez anos depois começa a pensar em algo de inovador. “A Logic Home enquanto embrião, enquanto ideia de negócio, começa a ganhar forma em 2001. Mas esta área, das Casas e Edifícios Inteligentes, implica hardware específico. Por esse motivo, já em 2003, fizemos uma parceria com o Instituto Pedro Nunes da Universidade de Coimbra, que tem sido o nosso parceiro tecnológico”, explica. Por detrás desse hardware específico utilizado pela Logic Home está o conceito de domótica (Home Automation; em português: Automatização de Habitações). A domótica consiste num sistema integrado de mecanismos em matéria, por exemplo, de segurança, economia, conforto, lazer e tecnologia - as cinco áreas em que a Logic Home actualmente aposta. Apesar deste conceito ter mais de 20 anos e de algumas destas aplicações serem possíveis tecnicamente já há algum tempo, a domótica estava longe de ser acessível, quer ao bolso, quer à compreensão das formas de utilização, da maioria das pessoas. Mas hoje a realidade parece que começa a ser outra, especialmente se tomarmos como exemplo o slogan da própria Logic Home: “Uma casa com Q.I. ao custo de duas cervejas por mês”. “O custo global de uma solução de domótica representa um valor baixo relativamente ao valor da casa acrescido da sua manutenção e dos prémios de seguro. E mais: o sistema acrescenta um valor de uso ligado à protecção de pessoas e bens, à poupança energética e, sobretudo, ao descanso dos proprietários e habitantes”, explica Paulo Rodrigues. É também pela importância que o hardware e a sua constante e necessária evolução representam, que a Logic Home tem como objectivo estratégico, a construção de uma fábrica de componentes na região de Santarém. Para Paulo Rodrigues este é o grande desafio, no qual o Centro de Incubação de Empresas Tecnológicas do TagusValley desempenha um papel fulcral. “A fase de incubação no Tecnopolo é fundamental. Por um lado, é um ponto de partida e é um espaço próprio da Logic Home até que tenhamos uma estrutura nossa. Por outro lado, o facto de fazermos parte de um conjunto de empresas incubadas permite desenvolver parcerias que podem vir a ser interessantes, numa perspectiva de podermos vir a criar pacotes únicos no mercado.” Paulo Rodrigues confessa-se ainda um homem de sonhos. Garante que quando se envolve num projecto seu, ou onde esteja integrado, acredita nele até ao fim. E acredita muito no TagusValley. “Eu penso que este projecto pode ajudar a região a ter o dinamismo que merece e deve ter”. E enquanto a fábrica de componentes não se torna uma realidade, a LogicHome vai continuar a sua missão. “Um lar mais confortável, mais seguro, mais interactivo e mais económico, utilizando as novas tecnologias em benefício do homem”.
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