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Tecnologia móvel ao serviço da mobilidade

Tecnologia móvel ao serviço da mobilidade

Move Tec, empresa da área da logística
Nunca, como hoje, a mobilidade de pessoas e mercadorias teve um papel tão importante. As relações comerciais entre países a isso obrigam, exigindo das empresas de logística eficácia e rapidez, mas também competência, segurança e controle na concretização de uma cadeia de extrema importância, que vai desde o planeamento, manu-seamento, armazenagem, até à movimentação de bens ou serviços. Para que essas exigências sejam cumpridas, as empresas de logística necessitam de um grande poder de organização, em muito suportado por circuitos de comunicação. “As empresas de logística dependem da mobilidade de pessoas e mercadorias, mas têm necessidade também de ter informações acerca de todo o percurso que uma mercadoria percorre, desde a fase ainda de armazenamento, passando pelo transporte, até que seja entregue com sucesso. E tudo isto, para ser verdadeiramente útil, deveria ser em tempo real”, salienta Helder Pereira, um dos impulsionadores da Move Tec, uma empresa emergente que pretende explorar o campo das tecnologias móveis e aplicá-las à logística. “Não queremos propriamente criar produtos novos. Temos como objectivo a integração de alguns standard de mercado, mas com novas funcionalidades e assim alterar de forma inovadora a mobilidade da informação. Não faz sentido a simples comercialização de produtos existentes no mercado, nem a tentativa de criar novas infraestruturas (que carecem de adopção e standardização). Estamos apostados, precisamente, no uso das actuais standards para a integração em novos produtos, usos e sobretudo resultados práticos”, explica Hélder Pereira. A Move Tec é o resultado do empenho de três empresários conhecedores do mundo informático e, para quem, a aplicação das mais novas tecnologias à logística não é mercado estranho. A Move Tec surge como um sector de expansão, como um complemento de uma empresa já existente - a Local Software - que se tem centrado no desenvolvimento de software de armazenagem. Helder Pereira e Paulo Soares, ambos empresários TI, e Carlos Pontes, Empresário na área do Design, têm bem a noção que a fase de arranque é difícil, mas acreditam também que a incubação da Move Tec no Centro de Incubação de Empresas Tecnológicas do TagusValley, em Abrantes, pode ser uma ajuda preciosa nesta fase inicial. “No início surgem grandes dificuldades, como a captação de capital e a projecção. O facto de estarmos aqui no centro permite que sejam criadas algumas sinergias muito úteis ao desenvolvimento da empresa, assim como permite que o projecto ganhe grande visibilidade”, refere Hélder Pereira. Com mais, ou menos dificuldades de arranque, a Move Tec está, neste momento, a trabalhar precisamente na investigação de novas funcionalidades de mobilidade na área de distribuição e captura de informação. Uma das grandes apostas assenta no levantamento das ofertas na área das redes wireless (locais ou mais extensas), com vista à resposta das necessidades de serviços que se começam a sentir. Rede wireless é uma rede sem fios que permite, nos espaços onde estiver activada, que “um condutor de um veículo que transportava determinada mercadoria (um trabalhador em movimento) pegue no seu portátil e estando conectado à internet, ou à própria empresa, possa fazer de imediato o relatório da expedição dessa mercadoria. Estamos a falar de uma total mobilidade”, explica. Helder Pereira acrescenta ainda que as soluções de domótica (sistemas integrados e automatizados - ver reportagem Logic Home) também se encontram no leque de produtos que a Move Tec deseja aplicar ao trabalho logístico. A Move Tec já está a ser divulgada através de outras empresas com as quais mantém parceria, mas o desejo dos seus promotores é que em breve tenha vida própria. E acreditam mesmo que nos próximos três a cinco anos a Move Tec consiga afirmar-se como uma empresa que conseguiu soluções de mobilidade que servem, realmente, o mercado, ganhando assim notoriedade no seu ramo, a um nível, quiçá, Ibérico. “As ideias nunca devem morrer e se forem boas e bem apoiadas têm todas as condições para entrar no mercado. O que não pode acontecer é que essa ideia seja estrangulada, quer por questões financeiras, quer de decisão. A crise económica é só um dos problemas que temos. Julgamos igualmente importante que os prazos e as apostas sejam tomadas nos momentos certos. O resvalar no tempo é só mais um grave elemento na perda de capacidade e custos financeiros de um projecto”, conclui.
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