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Oposição contesta cedência da Escola Almeida Grandella

O vereador do PSD da Câmara Municipal de Azambuja, Jorge Lopes, propôs a revogação de uma proposta da autarquia que autoriza a cedência a uma empresa da Escola Almeida Grandella, em Tagarro (Alcoentre), em troca de obras de recuperação, por considerar que o processo é pouco transparente.

A sugestão foi feita durante a última reunião do executivo de 1 de Abril, mas não conseguiu a aprovação dos quatro votos do partido socialista.Segundo a proposta já aprovada a 4 de Março o direito de superfície do edifício, que se encontra em avançado estado de degradação, será cedido à firma Nobre Gomes e Filhos S.A., por um período renovável de 99 anos. No interior a empresa fará obras de construção dos escritórios da sede e entregará à Câmara de Azambuja um espaço de 30 metros quadrados, devidamente instalado e equipado, para a instalação do Posto de Turismo.O assunto voltou à ordem do dia depois da câmara apresentar uma proposta de alteração à moção inicial. Em vez de prever apenas a existência de um Posto de Turismo no espaço a autarquia pretende que o local possa também servir outra infra-estrutura de carácter cultural. Pretendem ainda que caso “a cedência do direito de superfície seja revogada por razão não imputável à superficiária, tem esta o direito a indemnização pelo valor das benfeitorias efectuadas com a respectiva depreciação em função do uso a partir da data de conclusão”.A mudança não agradou ao vereador Jorge Lopes que exigiu saber o que está por detrás da proposta. “Queremos a escola recuperada, mas não a devemos entregar a um promotor privado de mão beijada. É estar a abrir a porta a que o promotor se queira apropriar dos bens da câmara”, criticou.O presidente da Câmara Municipal de Azambuja, Joaquim Ramos, já tinha sublinhado que a cedência da escola a um privado em troca de obras de recuperação é a única forma de conseguir a recuperação do património.O vereador da CDU David Mendes considera por seu lado que a câmara nunca terá disponibilidade financeira para investir fora da vila de Azambuja. A proposta acabou no entanto por ser aprovada com os votos da maioria socialista da autarquia.

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