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Gabriel Barra

COM A SELECÇÃO NO CORAÇÃO

Gabriel Barra, natural e residente em Rio Maior, foi um dos bons defesas centrais do distrito de Santarém. Jogou em várias equipas do distrito e fora dele, e quando a idade deixou de permitir, trocou o pontapé na bola pelo banco de treinador. Os quatro anos como técnico principal do Amiense, interrompidos a meio desta época, são a sua principal marca. Actualmente treina o Tramagal e está a tentar evitar que a equipa desça de divisão.

Até onde pode ir a selecção nacional?A nossa selecção conta com jogadores de alto nível e pode fazer um grande Europeu, até porque está a jogar em casa. Claro que não nos podemos esquecer que há outras selecções que são muito fortes e não vai ser fácil. Tudo irá depender muito da forma com que os jogadores irão participar na prova, mas penso que temos equipa para ir às meias-finais e a partir dai tudo pode acontecer. Mas se ficarmos nos quatro primeiros já é muito bom.Está a pensar ir ver jogos ao vivo ou vai ficar pelo sofá?Já pensei se devo ir ver jogos ou não mas ainda não decidi. Gosto tanto de ver jogos em casa como no estádio, mas às vezes é melhor estar descansado em casa para digerir melhor um desaire.Costuma gravar os jogos ou tirar notas quando vê os jogos na televisão?Não. Não costumo fazer isso. Vejo os jogos com atenção, fico sempre com uma ideia mas não tiro notas. Quem está no banco de suplentes é que tem de decidir na hora e se decidiu está decidido. Todos temos um pouco a mania que somos treinadores, mas quem está lá é que sabe.É adepto para vestir camisola e ir de cachecol para a rua comemorar uma eventual vitória portuguesa?Sou sportinguista e o último ano que o Sporting foi campeão estive quase para ir para Lisboa comemorar, mas acabei por não ir. No caso da equipa nacional, sou a favor de tudo quanto é selecção portuguesa, seja de futebol ou não e mesmo naquelas modalidades em que a gente nem sabe bem as regras. Não sei se é nacionalismo ou não, mas fico chateado sempre que ouço certos comentários a dizer mal. Na altura, consoante o momento é que se vê se vou para a rua ou não, mas o que importa é ganhar.Scolari é o treinador ideal para conduzir Portugal ao triunfo?Confesso que sou de alguma forma fã do Scolari. Já demonstrou que é um homem de coragem e um bom treinador e não é só por ter sido campeão mundial pelo Brasil. Teve um passado ganhador e quer nós quer os jogadores temos de acatar as suas decisões. Se é ideal, não sei, porque em Portugal também temos bons treinadores. Mas é ele que lá está e temos de o apoiar.Qual é a sua selecção ideal?Sou daqueles que pensam que ele devia ter convocado o Vítor Baía, que, para mim, é o melhor guarda-redes português da actualidade. Todos falham, o Preud’ Homme e o Schimaichel, que foram os melhores guarda-redes que passaram pelo país nos últimos anos, também davam frangos.Depois, na defesa, o Paulo Ferreira é intocável na direita, para centrais escolhia o Ricardo Carvalho e o Jorge Andrade e para a esquerda, como o Rui Jorge é capaz de não ir, escolhia o Nuno Valente.No meio campo, o Costinha é intocável como médio mais recuado, punha o Figo na direita, porque é onde ele rende mais, e para a esquerda escolhia o Boa Morte. Temos de ter alguém para flanquear e ele, sem ser um grande craque, é um jogador muito competitivo, que defende bem e sabe o terreno que pisa. É claro que o Simão tem outra classe, mas eu apostava no Boa Morte.Na zona central, dependendo dos jogos, há sempre o Rui Costa e o Deco, enquanto para a frente o Pauleta é indiscutível, eventualmente ao lado do Nuno Gomes.Tirando estes, há ainda o Maniche, que fez duas épocas muito boas e está a marcar muitos golos, e o João Pinto que, para mim, é um jogador com classe e que tinha lugar na equipa.

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