Quando marca um golo faz a festa sozinho, com os colegas ou com o público?Jogo numa posição em que não se marcam muitos golos, sou defesa central. Mas já tenho marcado alguns, e festejar sozinho nunca, faço a festa com o resto da equipa e com o público, porque quero partilhar a alegria que sinto.Tem algum ritual ao entrar ou sair do relvado?Benzo-me à entrada em campo. É o que basta!Os cantos parecem muitas vezes uma verdadeira orgia de agarrões e empurrões?Sim, às vezes para parar o adversário vale tudo. É um clima muito anti-desportivo. Se um dia os árbitros começam a agir com mais dureza nessas situações, penso que vão ser os defesas quem mais vai sofrer.Como reage quando um avançado mergulha a piscina e o árbitro vai na fita?Fico chateado, mas nunca me passou pela cabeça tirar desforço dessa situação. Aceito a decisão do árbitro, fico a digerir por dentro o erro do árbitro e do atacante, mas sou incapaz de ter uma reacção intempestiva. Já se envolveu nalguma cena de pancadaria durante um jogo?Não, já assisti a um caso desses em que alguns dos meus companheiros de equipa e da equipa adversária se envolveram. Eu fiquei onde estava impávido e sereno. Não tenho espírito para me meter nessas coisas.Costuma responder às “bocas” do público?Não. Sou educado, e quando entro em campo é para jogar a bola e não para responder às “bocas” do público.Se o convidassem para jogar numa equipa mista aceitava?Embora pense que isso seria muito desvantajoso para as mulheres, que são fisicamente mais fracas do que os homens, aceitaria de bom grado. Contudo continuo a pensar, sem qualquer atitude machista, que as mulheres devem jogar futebol com mulheres, e os homens com os homens.