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Só mais um mandato no Cartaxo

Só mais um mandato no Cartaxo

Futuro a médio prazo não passa pela câmara que governa
Este mandato ficou marcado, a nível político, pelas divergências com o seu camarada de partido e vereador Augusto Parreira, a quem retirou os pelouros. Tem dificuldade em lidar com a divergência de opinião?A última coisa que eu quero ouvir dizer é que o meu mandato ficou marcado pelas divergências com o meu camarada Augusto Parreira. Sou uma pessoa muito recta e no meu trabalho como autarca sigo o princípio de que tenho uma política para o meu concelho que é consolidade com uma equipa, no respeito por princípios que vão desde a coesão à eficácia, passando pelas ambições que temos para o concelho. E tenho que gerir a minha equipa o melhor possível para atingir esses objectivos. Nunca terei receio de abrir flancos ou até mesmo de fragilizar temporariamente o meu poder para garantir que as pessoas estão satisfeitas no cumprimento desses objectivos. A coisa menos importante que fiz, para as pessoas, foi a atitude que tomei em relação à equipa. Considero-a um acto necessário. Porque é que não explicou claramente as razões da retirada de pelouros a Augusto Parreira?Porque sou responsável. Sou o responsável pela minha equipa e aquilo que fiz foi assumir o ónus da minha responsabilidade.Mas não acha que, até por uma questão de transparência, devia divulgar essas razões?Não. Tornei bem claro que o professor Augusto Pareira sempre desempenhou com honestidade as suas funções.Mais uma razão para as pessoas ficarem intrigadas com esse desenlace...Asumi a responsabilidade dos meus actos. E assume também que se enganou na escolha da sua equipa?Todos nós na vida por vezes erramos. Temos é que estar dispostos a corrigir o erro. Eu assumo que a minha equipa, na circunstância em que foi feita, foi sempre a melhor posicionada para servir o concelho. Entendi a dada altura que havia que mexer na equipa em determinados pelouros. Fi-lo com a mesma frontalidade com que sempre encarei as coisas na vida. Ter coragem para fazer isso também não é fácil, mas fi-lo. Entendi que era fundamental para a população podermos melhorar. Com isto não significa que o professor Augusto Parreira não seja uma pessoa honesta e uma pessoa que deu o seu contributo válido durante um determinado período de tempo.Isso é um sinal de que os socialistas do Cartaxo estão divididos?Com 63 votantes numa comissão política haver 63 votos a favor da liderança do Paulo Caldas é tudo menos desunião. E foi a maior votação de sempre na concelhia do PS do Cartaxo. Posso também dizer que na altura das eleições autárquicas colocarei o meu lugar no partido à disposição para que o secretariado possa escolher e indicar, com à vontade e transparência, a pessoa melhor posicionada para conquistar novamente a Câmara do Cartaxo.Está disponível para nova candidatura?Eu diria que o Cartaxo é a minha terra do coração, onde me sinto bem a servir as pessoas. Se sou candidato ou não ainda não posso afrmá-lo objectivamente.Já disse que não se iria eternizar no cargo.O próximo mandato, a ser feito no Cartaxo, será o último.Em termos de política, o que é que gostaria de fazer depois da experiência autárquica?Continuar a servir as pessoas. Gosto muito de ser autarca. Sinto-me bem neste papel, dada a proximidade com as pessoas, os seus problemas, os seus anseios. Depois disto, continuar na política, para mim, é continuar a servir as pessoas.Na Assembleia da República, por exemplo?Vejo-me mais num papel executivo do que parlamentar. Num papel de executar políticas, com grande proximidade às pessoas. Por isso é que para mim foi uma honra poder trabalhar agora com António Ganhão e com Sousa Gomes na liderança da comunidade urbana. Gosto muito de fazer política, embora tenha o meu porto seguro que é o banco onde sou quadro superior na área internacional.Não está preso à política?Não e só espero ter a capacidade de fazer a auto-avaliação de uma forma permanente para que, de um momento para o outro, sinta que estou a mais ou que o meu contributo pode ser dado noutros foruns que não propriamente o serviço público. Os próprios partidos têm que repensar a forma de fazer política e tem que haver um rejuvenescimento.
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