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Um serralheiro mecânico na junta de freguesia

Joaquim Borda d’Água é autarca há 16 anos
O presidente da Junta de Freguesia de Vila Nova da Rainha, Joaquim Borda d’Água, 46 anos, divide-se entre o trabalho autárquico e a profissão de serralheiro mecânico que exerce na Central Térmica do Carregado. São duas funções desgastantes que ainda lhe deixam algumas forças para se dedicar às colectividades da freguesia. É presidente da Assembleia do União Desportiva e Recreio, tesoureiro do Grupo Columbófilo Vilanovense e responsável do Grupo de Dadores de Sangue. “Só me faltou pertencer ao rancho folclórico”, reconhece com humor.Para exercer a função de autarca tem direito a 36 horas mensais, mas raramente usufrui desse tempo. É normalmente ao final da tarde, depois de um intenso dia de trabalho, que se dedica à junta de freguesia.Quem sai mais prejudicada com a sua intensa actividade é a família. Joaquim Borda d’Água emociona-se quando descreve o apoio incondicional da esposa e filho. O jovem de 25 anos, desenhador de metalomecânica em Vila Nova da Rainha, é um dos seus mais severos críticos. “É o primeiro a dizer o que acha que está mal e como se poderia fazer melhor. Sinto-o no mesmo patamar que estava quando tinha a idade dele. Afastado da política, mas ao mesmo tempo interessado pelos problemas da freguesia”.Joaquim Borda d’Água cumpre o seu segundo mandato como presidente da junta. Há 16 anos integrou as listas do partido socialista para as eleições autárquicas. Nada o seduzia na vida política, mas os problemas da freguesia já o preocupavam. Entrou como número dois e acabou por chegar a presidente. O primeiro mandato foi complicado, mas depois começou a apaixonar-se pelo trabalho. O pavilhão desportivo que serve as escolas e o clube desportivo é um dos feitos de que se orgulha. A nova sede da Junta de Freguesia é uma das obras que ainda gostaria de ver começada.O autarca ainda não sabe se irá concorrer nas próximas eleições. Considera que é preciso dar lugar aos jovens para que possam experimentar a sensação de contribuir para o progresso da terra. “Os jovens deveriam avançar e sentir o pulsar do dia a dia das populações. É um trabalho muito desgastante, mas gratificante. Gostaria que outros sentissem esta sensação”.Joaquim Borda d’Água, natural de Vila Nova da Rainha, encara a vida autárquica como uma missão. “Cada problema de um vizinho é um problema meu. O presidente da junta entra em qualquer casa”.Os tempos livres são poucos. Sempre que pode aproveita para fazer “uma boa farra” com os amigos. Nas horas de lazer folheia os jornais diários e algumas revistas. A literatura é normalmente colocada de lado. “Se me pusesse a ler um livro iria demorar tanto tempo que me perderia na história”, confessa.

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