Existem truques para marcar jogadores?Eu costumo olhar mais para o jogador que marco do que para a bola. Se a bola for para ele tento antecipar-me, agarrar ou empurrar o suficiente para que a bola não lhe chegue nas melhores condições.Gosta de imitar jogadas dos melhores jogadores mundiais?Tenho um estilo muito próprio. Não penso em imitar ninguém mas aprecio o estilo jogo do Roberto Carlos.Há alguma praxe para os jogadores novos que entram no plantel?Na Académica de Santarém jogador novo que se estreasse numa convocatória tinha de passar pelo meio de duas filas de jogadores e apanhava de tudo. No Ouriquense a maior praxe é o convívio entre a rapaziada.Quem foi o jogador mais chatinho que lhe apareceu pela frente?Talvez o mais difícil porque também era um pouco maldoso e até me chegou a agredir foi o Carlos Gomes, do Samora Correia. Às vezes já nem era jogar futebol mas andar à batatada no campo.Quando está nas barreiras protege sempre as partes baixas?Nos chamados erectos não arrisco e tapo tudo bem tapadinho. Se a bola for à baliza está lá o guarda-redes para defender.Um técnico com um vozeirão impõe melhor o seu estilo?Já apanhei os que falam bem, falando alto e baixo e os que gritam e não acrescentam nada. O Peralta é um treinador que tem um estilo muito pessoal. Grita quando tem que gritar, soa ao ouvido quando tem de ser e também deita a baixo quando é preciso.Tem alguma alcunha dentro do grupo?Algumas! A mais falada é como “Boneco da Michelin” porque tenho tendência para engordar. É simpático. Quanto treinei com a equipa principal do U. Leiria chamaram-me Mauro Airez pelo meu estilo.Esta época aconteceu alguma história curiosa com a equipa? Fomos jogar à Chamusca para a Taça do Ribatejo e quando chegámos a Alpiarça os caminhos estavam cortados porque tinha caído uma casa. Fomos dar a volta, perdemo-nos, voltámos para trás e já a caminho da Chamusca deparámo-nos com uma cheia e estava a ver que o autocarro não passava. Chegámos ao campo a 20 minutos do início do jogo mas acabámos por vencer.