União pela inovação
Trinta entidades assinam protocolo para criação de uma rede no Vale do Tejo
Trinta instituições locais, regionais e nacionais, assinaram sexta-feira um protocolo de adesão à Rede de Inovação do Vale do Tejo, criada no âmbito do Tagus Valley de Abrantes. O objectivo é a criação de uma rede de cooperação ao alcance de um clique.
Autarquias, escolas superiores e profissionais, politécnicos, laboratórios, empresas de áreas tão diversas como inovação tecnológica, brinquedos, mobiliário, produção de electricidade e componentes para automóveis uniram-se na sexta-feira, 9 de Julho, num único objectivo – a criação de uma rede regional de cooperação, sob o patrocínio do Tagus Valley, projecto desenvolvido pela Associação Empresarial da Região de Santarém (Nersant) em parceria com a Câmara Municipal de Abrantes.A rede de inovação assenta numa estratégia que começou a ser delineada com a criação de serviços e incubação de empresas tecnológicas, a funcionar no centro de incubação de empresas existente no Tecnopólo e cujo alargamento (constituição de mais salas de incubação) está previsto a curto prazo. Uma infra-estrutura digital de inovação regional, isto é, um portal onde todos os cooperantes podem desenvolver contactos internos e externos e mostrar as suas inovações é outro dos objectivos que será concretizado já no final deste mês.Como referiu na apresentação, Alexandre Caldas, o “pai” deste projecto juntamente com Renato Campos, do gabinete de estudos regionais do Governo Civil de Santarém, deve-se juntar a oferta à procura da inovação e nada melhor que, com um simples clique, poder partilhar informação e promover projectos e parcerias.“O que pretendemos ter é uma plataforma digital que seja visível, dentro e fora da região”, afirmou Alexandre Caldas. Que gostaria de ver no portal um conjunto de informações fornecidas pelas entidades aderentes - iniciativas, actividades, meios humanos e informação sobre mecanismos de candidaturas a sistema de incentivos e apoios à inovação.A rede de cooperação deverá entrar em funcionamento no final do Verão, “talvez em Setembro”.Os trinta cooperantes propõem-se também apoiar centros de excelência e inovação nos sectores agro-alimentar e metalomecânico – áreas de vocação do Tecnopólo de Abrantes e promoção do marketing territorial.A estratégia no desenvolvimento nesta área surge após a conclusão de um estudo – Survey à inovação no Vale do Tejo - que analisou as características territoriais e sociais da região, partindo desse pressuposto para dar sugestões de desenvolvimento sustentável ao nível da inovação territorial.Como incentivo, o estudo mostra dez exemplos de entidades e empresas regionais que, conscientes das novas exigências do mercado, seguiram o caminho da inovação. São os chamados casos de excelência em inovação.Para que as empresas não se percam no caminho, o traçado deve ser bem estudado e definido de início. O estudo aponta algumas soluções, nomeadamente a criação de “clusters” regionais de natureza sectorial e regional. Os móveis na zona de Ourém, os curtumes em Alcanena ou a inovação do sector agrícola na zona de Almeirim/Alpiarça.Como disse o presidente da Câmara de Abrantes, um dos parceiros no projecto, já é tempo de se deixar para trás os projectos centrados em asfalto e betão. Agora, em prol da competitividade numa Europa a 25, a prioridade tem um nome – inovação.
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