O território da freguesia estende-se até ao Tejo. Há uns anos Benfica do Ribatejo, concelho de Almeirim, era conhecida como terra dos pescadores. As casas de madeira, a poucos metros do rio, já não existem. E os homens que se ocupavam da faina remaram para o centro urbano e transformaram-se em agricultores ou comerciantes. Os vestígios da pesca foram corrente abaixo. Hoje é na confecção de pratos de enguias, fritas ou de ensopado, que a freguesia encontrou a sua referência. Já lá vão cerca de 30 anos. Dois restaurantes em Foros de Benfica dão fama à freguesia e atraem todos os fins-de-semana centenas de visitantes. O vinho também tem fama fora de portas.A freguesia é constituída, para além da sede, por dois lugares que se espraiam nos terrenos agrícolas em redor de Benfica. Cortiçóis e Foros são aglomerados com casas algo desordenadas. As estradas são estreitas e já estiveram em melhores condições de conservação. Há ainda um pequeno lugar a meio caminho para Almeirim, que se chama Azeitada. Ao todo são cerca de 3.500 os habitantes que povoam a freguesia. A maior parte vive da agricultura, sobretudo da cultura da vinha, que constitui a principal actividade à falta de empresas e de indústrias. A força deste sector está patente no facto da freguesia possuir uma adega cooperativa de razoável dimensão. O vinho branco da localidade é famoso.Na área da freguesia situa-se o edifício mais antigo do concelho, a Quinta de Santa Marta, perto também da antiga igreja pintada de branco com barras azuis. Benfica do Ribatejo está ligada a Almeirim desde 1836, altura em que saiu do concelho de Santarém. À entrada da localidade, pela Estrada Nacional 118 que atravessa a sede de freguesia, na parte norte, os visitantes são recebidos por vendedores de fruta que têm as suas bancas montadas à beira da estrada. Uma forma de escoar os produtos da zona. No Verão é grande o movimento de tractores com uvas e melão. Alguns param por aquela zona para fazer negócio. Apesar das suas características de base rural, há dinâmica e desenvolvimento. Algumas casas antigas degradadas, que ainda vão dando algum mau aspecto às ruas principais, têm vindo a ser substituídas por prédios de dois, três ou quatro pisos. Não há por aquelas bandas grandes entraves para a fixação de jovens. Já quanto à ocupação dos tempos livres dos mais novos as coisas são piores. Tirando um bar moderno, há muito pouco onde se possa ocupar o tempo livre. Mas a caminho está um pavilhão desportivo e uma casa da cultura que em breve serão inaugurados. A nível de outros equipamentos há estação de correios, farmácia e banco. O posto médico funciona diariamente e tem dois médicos. A Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) esteve uma dezena de anos parada devido a defeitos de construção que impediram um funcionamento normal. Está a tratar os esgotos de Benfica do Ribatejo há pouco tempo. Mas há quem diga que às vezes se sente um mau cheiro que vem daquele equipamento. Foros de Benfica e Azeitada ainda não estão ligados à ETAR porque o saneamento básico ainda não está feito. Em Azeitada andam agora a colocar as tubagens. O principal problema da freguesia é o movimento da Estrada Nacional 118, onde os carros passam a grande velocidade, por vezes desrespeitando os semáforos limitadores de velocidade, refere o presidente da junta de freguesia, António Mendes. Já houve vários acidentes graves. Na área dos transportes não há grandes dificuldades, com autocarros a fazerem a ligação diária à sede de concelho. O lamento vai apenas para o horário das carreiras da manhã, que levam os alunos para a escola do segundo e terceiro ciclo de Almeirim, que parte antes das oito da manhã.