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Aposta no alcatrão e na ferrovia

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PIDDAC para 2005 prevê arranque de obras há muito esperadas

A continuação das obras de modernização da Linha do Norte e a construção de novos troços do IC9 e do IC 3 são alguns dos investimentos mais relevantes que o Governo prevê efectuar no distrito de Santarém em 2005.

Pelas contas do Governo, o distrito de Santarém é o quinto, a nível nacional, que mais investimento do Estado vai receber em 2005. Ao todo são 233,4 milhões de euros previstos no Plano de Investimentos e Despesas para o Desenvolvimento da Administração Central (PIDDAC), que vai começar a ser discutido na Assembleia da República. A grande fatia, 197,4 milhões de euros, está destinada a projectos que privilegiam vários municípios, como a incontornável empreitada de modernização da Linha do Norte, já um clássico neste documento ano após ano, que só à sua conta leva 99,6 milhões. Nas verbas descriminadas concelho a concelho, Tomar destaca-se com 10,8 milhões, seguida por Santarém com uma dotação de 7,5 milhões. No pólo oposto estão Chamusca, Constância, Salvaterra, Golegã e Mação, que não atingem a fasquia dos 100 mil euros.Em Tomar, o troço do IC 9 entre Carregueiros e a cidade é o grande responsável pelo desequilíbrio da balança, absorvendo, segundo as contas do Governo, 6,5 milhões de euros. As obras financiadas pelo programa Polis devem também avançar de vez, graças à prevista injecção de quase 1,7 milhões de euros em 2005.É também o Polis que ajuda decisivamente Santarém a fixar-se no topo da tabela nas intenções de investimento, com 977 mil euros para esse fim. A consolidação das muralhas, obra considerada fundamental, leva 75 mil euros. Outro projecto há muito reclamado, a variante à EN 3, arrecada só 50 mil euros que em nada irão alterar a situação.Ainda no capítulo da rede rodoviária, a construção do troço do IC 3 entre a variante de Tomar e o nó de Atalaia da A 23 tem 8,1 milhões de euros contemplados, caso o PIDDAC seja aprovado. Para a beneficiação da EN 114 entre Almeirim e Raposa estão inscritos 3 milhões de euros e para a ligação de Ferreira do Zêzere ao IC 3 são mais quatro milhões. O investimento na floresta é outra nota a merecer destaque. O programa de desenvolvimento sustentável das florestas tem inscritos 15,7 milhões de euros. O apoio ao montado de sobro leva 514 mil euros. Registe-se ainda uma verba de 98 mil euros para a criação de equipas de sapadores florestais.Diz a experiência que a leitura dos números deve ser sempre feita com alguma ponderação. Porque a história recente ensina claramente que uma coisa é falar de previsões e outra, muito diferente, é falar do que é concretizado no terreno. Se as previsões fossem reflectidas em obra já não constariam do PIDDAC, por exemplo, os projectos de construção da Extensão de Saúde de São Nicolau, em Santarém, que leva 268 mil euros, ou o Tribunal de Alcanena, dotado com 80 mil euros. E não mereceriam destaque os 750 mil euros previstos para o Museu Nacional Ferroviário do Entroncamento. O que pode indiciar que desta vez é que a o projecto entra nos carris.Outro dado importante a realçar é que uma fatia das verbas inscritas no PIDDAC 2005 se destina a pagar obras já feitas. É o caso da variante Videla-Alcanena que leva 4,3 milhões de euros dos 4,6 destinados aquele concelho. Ou dos 1,5 milhões de euros dirigidos ao pagamento da beneficiação da EN 3 entre Santarém e Liteiros. Já para não falar dos 1,8 milhões destinados a pagar o resto da factura da ponte Salgueiro Maia, inaugurada em Junho de 2000…Os concelhos de Azambuja e de Vila Franca de Xira estão a meio da tabela do distrito de Lisboa. Vila Franca tem um investimento previsto de 5,2 milhões de euros e Azambuja 3,7 milhões de euros.João Calhaz
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