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Elogios à obra feita e avisos à navegação

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Ministro das Cidades visitou Tomar e Abrantes

O Polis mudou de nome mas vai avançar na mesma e 2005 é um ano decisivo para a sua concretização em Tomar. O ministro das Cidades visitou a cidade e deslocou-se também a Abrantes, onde elogiou projectos como o tecnopólo e a requalificação das margens do Tejo.

O ministro das Cidades, José Luís Arnaut, foi no sábado a Tomar anunciar o fim do programa Polis e o início do projecto Cidades XXI. Um programa de requalificação urbanística e ambiental das cidades. No fundo, os objectivos são os mesmos, apenas o nome foi alterado.A única nuance baseia-se no facto do projecto Cidades XXI ter uma forte componente nas pessoas, no investimento em recursos humanos. Porque, como disse José Luís Arnaut, “o balão de oxigénio termina em 2005 e esta é a última oportunidade de darmos o salto qualitativo”.No salão nobre da Câmara de Tomar, que lhe trouxe “recordações da revolução tranquila que foi a descentralização”, o ministro das Cidades sublinhou no entanto que não será por falta de investimento nacional que será desperdiçado um cêntimo de fundos comunitários.Foi por isso que fez questão de estar presente na assinatura do contrato de finan-ciamento de um troço de estrada com menos de dez quilómetros, que liga as localidades de Carril e Cepos, no Nordeste do concelho.Uma obra que foi considerada de extrema importância para o presidente do município e, como disse, veio em boa hora, “porque o tempo das estradas feitas com fundos comunitários acabou”.O apoio dado pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional através deste contrato garante na prática uma receita adicional para a Câmara de Tomar, “ajudando-a” a preparar mais confortavelmente o orçamento de 2005.“Meio milhão de euros é, por exemplo, a verba que esta câmara transfere anualmente para as freguesias”, salientou António Paiva.O ministro esclareceu ainda que sempre que uma candidatura de financiamento comunitário para determinado projecto for aprovada, o Governo contribuirá com a sua parte. Mas avisou que, a partir de 2006, tudo será “muito diferente”.“As negociações que tenho tido em Bruxelas dão-me o pior dos cenários relativamente à redução dos fundos comunitários, particularmente no que diz respeito ao fundo de coesão”, salientou José Luís Arnaut.Já em Abrantes, o ministro considerou os projectos do Aquapólis e do Tecnopólo como bons exemplos de desenvolvimento e requalificação urbana. José Luís Arnaut realçou que os fundos comunitários não devem servir só para infra-estruturas de saneamento ou de betão. “É necessário que os autarcas apostem na qualificação”, salientou. Reforçou a ideia afirmando que as verbas do próximo Quadro Comunitário de Apoio servirão para projectos que caminhem no mesmo sentido do Tecnopolo. A completar a qualificação dos recursos humanos e da inovação surge o Aquapólis considerado um “bom exemplo” da aproximação do rio à cidade. “Esta é a base do desenvolvimento sustentado, a complementaridade entre os vários sectores sociais, culturais e de requalificação urbana”.Por outro lado, José Luís Arnaut salientou a rapidez com que foi desenvolvido o projecto do Aquapólis - “andou em tempo recorde, quer ao nível do aproveitamento de verbas, quer em tempo útil. É um projecto notável”. Deste grande empreendimento a jóia da coroa é o açude insuflável que irá permitir a construção de um grande espelho de água, com cerca de 50 hectares, que o presidente da Câmara Municipal de Abrantes, Nelson Carvalho intitula de “mar de Abrantes”.O açude com a extensão de 200 metros, tem um sofisticado mecanismo possibilitando a passagem dos peixes de um para outro lado, tem um orçamento estimado de 10,4 milhões de euros, comparticipados em 45 por cento pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, pelo Ministério das Cidades, Administração Local, Habitação e Desenvolvimento Regional (30 por cento) e pela autarquia (25 por cento). O projecto foi desenvolvido de acordo com o Ministério do Ambiente e o Instituto Nacional da Água (INAG) e é composto por quatro vãos desiguais, sendo dois deles insufláveis. No final da visita, o Presidente da câmara, Nelson de Carvalho, disse aos jornalistas que “o processo do açude está neste momento na fase da consignação da obra para arrancar com aquilo que for possível (acessos, estaleiro, aquisição  do equipamento)”.
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