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Paulo Caldas recandidata-se no Cartaxo

Presidente mais jovem do país afasta rumores e especulações

Paulo Caldas vai recandidatar-se a novo mandato como presidente da Câmara do Cartaxo. O autarca não quer deixar a tarefa a meio e justifica a opção com os projectos estruturantes planeados para o próximo mandato.

O presidente da Câmara Municipal do Cartaxo, o socialista Paulo Caldas, anunciou na sexta-feira a sua recandidatura ao cargo nas eleições autárquicas a realizar no Outono de 2005. Com o comunicado distribuído à imprensa, o autarca desfaz dúvidas e fecha portas a especulações, por vezes, diga-se, alimentadas pelo próprio. Numa entrevista a O MIRANTE, publicada em Junho passado, Paulo Caldas teceu algumas críticas ao seu camarada e homólogo de Santarém, Rui Barreiro, que caíram muito mal dentro do PS. Na altura pairou a hipótese do autarca do Cartaxo se estar a perfilar como possível alternativa a Barreiro no topo da lista do PS ao município de Santarém.Agora, Paulo Caldas decidiu corresponder ao convite que lhe foi endereçado pelo secretariado do PS Cartaxo, cuja concelhia ele próprio lidera, justificando a sua aceitação com os projectos estruturantes planeados para o próximo mandato. O mais jovem presidente de câmara do país, 32 anos, vai também poder escolher livremente a sua equipa, tanto para a câmara como para as freguesias. Do actual elenco socialista – o PS tem 5 elementos no executivo, contra 2 do PSD - deve ser certa a saída de Augusto Parreira, o vereador a quem Caldas retirou os pelouros e a confiança política há já algum tempo.O primeiro mandato de Paulo Caldas deixou algumas marcas no Cartaxo. Muita gente ainda se recorda da polémica que em que se viu envolvido pelas declarações do comandante da esquadra da PSP local, depois reforçadas pelas do então comandante distrital da polícia. Acusavam a câmara de ter uma posição laxista no que toca à fiscalização e penalização das casas de diversão nocturna que não cumpriam os horários de encerramento. Os graduados acabaram por ser transferidos pouco tempo depois. A grande vitória de Paulo Caldas neste mandato foi a garantia de um nó da A 1 no Cartaxo, que deve estar construído até final do mandato. Isto pouco depois de ter visto concretizada a variante que liga a cidade ao nó da auto-estrada em Aveiras de Cima, no concelho vizinho de Azambuja.Foi ainda notícia pela original proposta que fez ao Governo de cedência de funcionários municipais à esquadra da PSP – para desempenharem tarefas administrativas – de forma a libertar os agentes para trabalho externo. Mais recente foi a imposição colocada aos funcionários da autarquia, proibindo-os de exercer funções privadas naquele concelho e nos concelhos limítrofes. Uma forma de evitar possíveis casos de conflito de interesses. A legalidade da medida, tomada pelo presidente da câmara foi questionada mas mexeu pela primeira vez e de forma bem visível com uma situação que, pelo menos moralmente, tem contornos algo indefinidos.Revelador foi também o facto do despacho ter sido emitido no dia 26 de Julho de 2004, dias depois de uma inspecção da Polícia Judiciária na Câmara do Cartaxo, baseada justamente em denúncias de situações irregulares no Departamento de Planeamento e Administração Urbanística. Segundo Paulo Caldas, a inspecção da PJ não encontrou factos ilícitos.Paulo Caldas foi eleito para o primeiro mandato de presidente da Câmara do Cartaxo em Dezembro de 2001. Entre 1997 e 2001 foi vereador na equipa liderada inicialmente pelo presidente Conde Rodrigues, que foi substituído a meio do mandato por Francisco Pereira. Já este ano foi eleito para uma das vice-presidências da Comunidade Urbana da Lezíria do Tejo.Licenciado em Economia pelo Instituto Superior de Economia e Gestão de Lisboa, é quadro superior de um banco nacional.

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