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Com O MIRANTE pela noite dentro

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Mário Ferreira um dos distribuidores da VASP
Por volta das 5h20 da madrugada de quinta-feira, Mário Ferreira, distribuidor da empresa VASP, começa a deixar O MIRANTE nos locais de venda. Os primeiros exemplares são descarregados no posto de venda das bombas de gasolina do Gado Bravo, Porto Alto, concelho de Benavente. Mário Ferreira sai de casa à meia-noite e meia hora e dirige-se às instalações da empresa em Massamá (Sintra). É aqui que carrega O MIRANTE, que alguém foi buscar à gráfica. Os jornais estão divididos em maços com as guias correspondentes aos postos de venda onde devem ser entregues. Depois passa pelas gráficas para recolher os jornais diários que são distribuídos em simultâneo. Mário Ferreira, na profissão há 25 anos, usa sempre a técnica de atar os jornais com um cordel para não haver enganos. Os maços são alinhados na caixa fechada da carrinha por ordem de saída. A viagem não é feita com pressas. O profissional, de 44 anos, conhece as estradas de olhos fechados mas não descura a atenção porque a segurança está primeiro. A volta segue por Samora Correia, Benavente, Marinhais. Naquela altura já passa das seis da manhã. O distribuidor não olha para o relógio e, se tudo correr bem antes das portas das papelarias abrirem o último cliente, em Carregueira (Chamusca), já tem os jornais para venda. “Nunca vejo os clientes e isso é muito bom. Significa que o jornal foi colocado a horas”, diz Mário Ferreira, nascido em Tabuaço e a morar desde tenra idade no Bairro Alto em Lisboa. Na carrinha há uma caixa com dezenas de chaves identificadas com chapas de várias cores com os nomes de cada quiosque. São elas que abrem os caixotes metálicos onde são colocados os jornais. “Se não houver condições para depositar os jornais em segurança não os podemos deixar na rua à porta das papelarias”, vai explicando. A conversa decorre ao ritmo da velocidade, que não passa dos 90 quilómetros por hora. O distribuidor, que foi para a profissão por gostar de conduzir e por ter fascínio pelos jornais, conta que nesta zona distribui muitos exemplares de O MIRANTE e que o jornal tem implantação. “Quando há algum problema, um atraso na impressão, por exemplo, as pessoas contactam logo a perguntar o que se passou”. O distribuidor lê os títulos principais, as “gordas” como lhe chama, mas só depois de terminar a volta. Há postos de venda onde descarrega 20, 30 jornais. Ao todo, na volta que segue sempre pela Estrada Nacional 118, até Chamusca, transporta 300 exemplares de O MIRANTE. Em Almeirim não pára porque essa zona é feita por outro colega que faz também Azambuja. Só perto das oito da manhã é que começa a ver-se algum trânsito. Até essa altura as ruas estão desertas. Mas isso não significa que não haja perigos. “Temos que descansar bem para não adormecer e não haver despistes. Depois temos também que contar com estradas em obras mal sinalizadas e sem iluminação, com pessoal que vem dos bares e que conduz depressa…”.São 7h40 quando entra na Chamusca. Alguns cafés estão a abrir e já se vêem alguns clientes à porta. Dirige-se a uma papelaria no centro da vila, abre o portão da garagem ao lado do estabelecimento. O ladrar do cão que está lá dentro não o perturba. Abre a caixa e deposita os jornais.A distribuição está quase pronta. Faltam três clientes. Um café, um posto de combustível e uma papelaria na Carregueira. É tudo feito até às oito horas. Na caixa da carrinha ficam alguns pedaços de papel que vinham agarrados aos maços. Resta a Mário Ferreira a etapa mais complicada: mergulhar no trânsito caótico de Lisboa, chegando a casa depois das 10h00. Hora a que vai descansar para voltar às ruas quando quase toda a gente está a dormir.
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