Tiago Prestes não o faz por menos. Se fosse jornalista gostava de entrevistar o presidente dos Estados Unidos da América, George W. Bush. O cabo dos forcados do Aposento da Chamusca gostava de tentar perceber qual é a consciência que ele tem do mal e do bem, principalmente ao nível social e da economia mundial.Habituado a ler o jornal em casa dos seus pais quando era mais jovem, se tivesse vocação para o jornalismo gostava sobretudo de trabalhar na televisão. Paralelamente tinha gosto em ter uma crónica habitual num jornal nacional ou regional, nas quais abordaria temas de política. Porque, como diz, “há situações que são essenciais para a nossa sociedade e que não são suficientemente aprofundadas”.No género da reportagem Tiago Prestes gostava de fazer um trabalho sobre o antes e o depois de uma guerra. Tiago é um leitor assíduo de O MIRANTE, classificando-o como um jornal que o ajuda a compreender melhor a região em que vive. E para ser melhor ainda sugere a existência de uma secção sobre tauromaquia. “Sou do meio e tenho pena que O MIRANTE não se debruce mais sobre esse tema. Mas reconheço que é um jornal completo, isento e que desenvolve um trabalho de qualidade”.Começa sempre a ler o jornal pela primeira página quando vai tomar a bica, logo de manhã. Ao fim do dia vai ler as notícias que lhe despertaram a atenção, em casa, na sala de estar. A Inês e a Maria são as duas filhas de Tiago Prestes. A mais velha é a Inês, com oito anos, que vai tendo hábitos de leitura incutidos pelos pais.As notícias de crimes contra crianças ou casos sociais afectam-no. Sentimento contrário tem quando vê na televisão ou lê coisas sobre políticos, pessoas que o irritam, principalmente quando eles falam muito e não dizem nada. Apesar de ter Internet em casa, o cabo dos forcados não é um grande cibernauta. Já a mulher está mais familiarizada com esta tecnologia. É a partir daí e do roteiro dos jornais que a sua esposa o vai convencendo a ir a concertos, exposições e teatro.