Ana Caria Nunes sempre teve contacto com jornais, apesar de raramente os comprar. As tarefas domésticas, o tomar conta da filha e as idas ao teatro sobrepõem-se à leitura em casa. É numa pausa no trabalho, no café ou enquanto espera alguém que passa os olhos pelas notícias. Interessa-se sobretudo pelas notícias da região, mas se um dia fosse jornalista gostava de trabalhar numa revista de moda. Talvez porque gosta de apreciar a qualidade e a estética dos tecidos. Declinava trabalhos como fazer entrevistas a manequins, preferindo fazer artigos sobre estilistas, sobre produção de roupas, matérias-primas…Caso não se adaptasse a este tipo de revista, a veterinária, que trabalha no Matadouro de Santarém, adorava dirigir uma revista científica na área da saúde. Um sector onde há, diz, um certo défice de informação. Para Ana Caria, 32 anos, “as poucas revistas técnicas nacionais deixam um bocado a desejar em termos de qualidade”. E por isso não lhe enchem as medidas. Estas publicações podiam servir para anunciar novos métodos, outras técnicas e sobretudo para divulgar trabalhos de investigação.Costuma ler “as gordas” de O MIRANTE, sobretudo da secção de sociedade. Emociona-se e fica a pensar na vida quando lê reportagens sobre violência, fome e miséria. Irrita-se quando lê as declarações dos políticos.Diariamente não dispensa uma espreitadela à Internet para procurar informação relativa à sua profissão e para consultar as agendas de espectáculos. Vai, no mínimo, uma vez por mês a Lisboa assistir a uma peça de teatro ou um espectáculo musical.