“O presidente de junta não é mais que um pedinte”
Fernando Ramos, presidente da Junta de Freguesia de Vale da Pinta
Tem 49 anos, é moldador de fibra, presidente da Sociedade Cultural e Recreativa de Vale da Pinta e sempre esteve longe de imaginar que alguma vez pudesse tornar-se presidente da junta de freguesia.
O desafio de se candidatar pelo PS à liderança dos destinos da terra, pertencente ao concelho do Cartaxo, foi lançado em 2001 pelo actual presidente da câmara, Paulo Caldas.Prestes a completar o primeiro mandato à frente da junta, Fernando Ramos faz um balanço positivo do seu desempenho, mas acredita que melhor do que ninguém serão os eleitores a avaliar o trabalho, que é na sua opinião feito de dificuldades. “Um presidente de junta não é mais do que um pedinte. Mas é gratificante porque sabemos que podemos ajudar de alguma forma a população e a freguesia a crescer sustentadamente”, diz o autarca cartaxense, que adoptou Vale da Pinta como sua terra há 28 anos.Fernando Ramos já adquiriu para a terra o palco das festas, a máquina retroescavadora, uma camioneta com báscula e uma máquina de marcar a estrada para não estar sempre dependente da câmara. “A ambição com que entrei para a junta foi tal que consegui que começasse a viver pelos seus próprios meios”. Com o trabalho autárquico e associativo a vida familiar fica um pouco para trás, mas a esposa e os dois filhos apoiam-no incondicionalmente. Às vezes, em casa, Fernando Ramos tem que ouvir algumas reclamações da família. “Se tiver alguma coisa para instalar em casa não faço logo, mas se for aqui já faço”, reconhece.O tempo livre não é quase nenhum. A última coisa que faz todos os dias antes de dormir é ler do princípio ao fim o Correio da Manhã. Acompanha o que se passa a nível regional através de O MIRANTE.Há alguns anos corria atrás do Benfica. Jogou futebol durante muito tempo, mas actualmente limita-se a ver a bola na televisão. “Dediquei-me inteiramente a Vale da Pinta”.
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