Vinho e novas tecnologias são o futuro
Autarcas e empresários discutiram o desenvolvimento económico e empresarial no Cartaxo
O concelho do Cartaxo está na rota do desenvolvimento da Lezíria do Tejo e de toda a região mas apresenta deficiências ao nível da dinâmica empresarial e do excessivo tradicionalismo das actividades. Estas são algumas das conclusões de um estudo sobre a actividade económica do concelho encomendado pela autarquia à empresa Bruno Soares Arquitectos.
Segundo dados apurados, mais de metade (52,77 por cento) do volume de negócios produzido no concelho diz respeito à indústria transformadora e ao comércio (33,65 por cento), seguido de longe pelo sector da construção civil (4,04 por cento). Isto num universo de 2.796 empresas e 702 sociedades (dados de 2002). O ramo imobiliário, serviços a empresas, transportes e agricultura (com um crescimento de 14,9 por cento na Lezíria do Tejo) são as áreas de negócio em crescimento. A grande maioria das firmas pertence a micro empresários em nome individual, estando 4.428 pessoas na vida activa.Com a prevista criação de novas acessibilidades, como o aeroporto da Ota e o nó de acesso à A1, deve apostar-se na atracção de novas actividades empresariais na área das novas tecnologias (investigação e informática), além da cultura e lazer e agricultura biológica. O estudo aponta ainda para a exploração de “clusters” como o do vinho, assim como uma forte aposta na exportação. A maioria dos dez empresários presentes na reunião ouviu as explicações dos responsáveis da empresa mas preferiu enveredar pelo caminho do vinho, do sector agrícola e do turismo. Justificando que num concelho agrícola esse deve continuar a ser um sector com peso. Alejandro Martins, representante da Imocom, defendeu que a Câmara do Cartaxo devia criar zonas propícias ao investimento no Plano Director Municipal (PDM), como o turismo junto ao rio Tejo e na vertente agrícola. “Criadas essas condições os empresários vão corresponder”, sustentou. Convidado para o debate, o presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo (CCDR-LVT), Fonseca Ferreira, considerou o que o sector do vinho alargado a toda a região, ligado à gastronomia e ao turismo, são áreas com futuro, a que juntou o espaço para o novo parque de negócios do Cartaxo. O gestor aconselhou ainda o presidente da Câmara do Cartaxo a apresentar quatro ou cinco projectos estruturantes para aproveitamento dos fundos comunitários.
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