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Páscoa festiva no Sardoal

Semana Santa é a imagem de marca do concelho

Todos os anos na Quinta-Feira Santa, o Sardoal mergulha na escuridão para deixar desfilar nas suas ruas de seixo a procissão dos Fogaréus, ou do Senhor da Misericórdia. O silêncio sepulcral é apenas quebrado pelas marchas fúnebres interpretadas pela Filarmónica União Sardoalense e pelo deslizar dos passos dos acompanhantes deste cortejo religioso realizado a luz ténue de velas, archotes e candeias. O ambiente é arrepiante, numa mistura de dor e misticismo, acentuada pelas imagens dos andores e os painéis oitocentistas representando cenas da paixão de Cristo.

A Semana Santa no Sardoal é imagem de marca deste concelho do norte do distrito de Santarém. E a procissão dos Fogaréus é o ponto alto das cerimónias religiosas. Na Sexta-Feira Santa a procissão do Enterro reúne os crentes da região, embora não tenha a tradição da anterior, e no domingo, antes da missa pascal, realiza-se a procissão da Ressurreição do Senhor. Mas além destas manifestações religiosas, o soalho das muitas capelas da vila é coberto de tapetes de flores. Pétalas, folhas e pequenos ramos preenchem e contornam desenhos minuciosos feitos com muito trabalho e precisão. Os tapetes de flores são também um dos motivos que levam muitos visitantes ao Sardoal nesta época do ano.Paralelamente com as cerimónias religiosas, a câmara municipal e as colectividades do concelho organizam uma série de actividades culturais. Este ano, as festividades iniciaram-se com as exposições da Ourivesaria Religiosa do Concelho do Sardoal, em que estão expostas peças de ouro e prata das paróquias de São Tiago e São Mateus (Sardoal) e de Santa Clara (Alcaravela), da Santa Casa da Misericórdia da vila e da capela de Nossa Senhora do Carmo (Sardoal). A mostra vai estar patente até domingo no núcleo central da Casa Grande. A fotografia de Nelson D’Aires e de Z (nome artístico de José Fabião) é outra das exposições do Sardoal, também patente até domingo, no Atrium – Espaço GETAS. Trata-se de um conjunto de trabalhos que retratam as festividades pascais na freguesia de Fiscal (Amares- Braga) e em muitos outros locais do país. A mostra intitula-se “Getsemani”, nome de um jardim localizado junto ao Monte das Oliveiras, em Jerusalém.Do programa cultural destaca-se também o concerto do grupo “Ciudate Barroco”, no sábado, dia 26, pelas 16h30, no Centro Cultural Gil Vicente. O grupo é formado por Rosa Caldeira (soprano, elemento do Coro Gulbenkian), António Carrilho (flauta de bisel) e Marcos Magalhães (cravo). A entrada para o espectáculo é livre.

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