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Um programa ambicioso apesar da crise

“20 anos, 20 artistas” assinala vinte anos do Fórum Mário Viegas, em Santarém

A exposição “20 anos 20 artistas” marca, a partir de 2 de Abril, o arranque das comemorações dos vinte anos do Fórum Mário Viegas e 25 anos do Centro Cultural Regional de Santarém (CCRS), disse à agência Lusa Graça Morgadinho, a presidente da direcção.

Na hora da apresentação do ambicioso programa para este ano, a responsável sublinhou a dificuldade que é planear e garantir a execução dos projectos quando os apoios, mesmo os aprovados, falham. E deu como exemplo o facto de o subsídio atribuído pelo Ministério da Cultura para 2004 só ter sido pago em Dezembro, depois de um apelo desesperado junto do secretário de Estado, e de as comparticipações da Câmara de Santarém, ao abrigo de um protocolo, estarem com um ano de atraso.“Só conseguimos fazer aquilo para que vamos conseguindo parcerias. Isto é paralisante do movimento associativo”, afirmou, esperando que, tendo em conta o ano de comemoração do Fórum e do Centro, haja um apoio específico da autarquia, que não tem forçosamente de ser em dinheiro.Tendo em conta a relevância que as artes plásticas têm tido ao longo de 20 anos de existência do Fórum, o CCRS decidiu convidar 20 artistas plásticos que ao longo desse período passaram por esta galeria para aqui exporem durante todo o mês de Abril algumas das suas obras, de pintura ou escultura.Entre os artistas convidados encontram-se nomes como Matilde Marçal, Rogério Ribeiro, José Aurélio, Gil Teixeira Lopes, Martins Correia, Américo Marinho, José Penicheiro, António Inverno, António Carmo, José Quaresma, Mário Rodrigues, Mário Tropa, entre outros. Esta exposição deverá contar com uma escultura de grandes dimensões, da autoria de José Aurélio, que o CCRS propôs à autarquia que possa ficar exposta no Largo do Seminário, onde desemboca a rua que alberga o Fórum.Também em Abril será lançada a segunda edição do Prémio de Poesia Mário Viegas, que culminará, em Outubro de 2006, com o anúncio dos vencedores. Na passagem dos 25 anos do CCRS, a direcção quer distinguir uma série de personalidades da região, “ciente que está da dimensão regional desta casa e dos muitos amigos que foi granjeando ao longo dos anos”, disse Graça Morgadinho, sublinhando que os homenageados irão de gente que se distinguiu na área da música (Cristina Branco está confirmada para depois do Verão), do teatro, da pintura até à investigação científica.Uma homenagem a Carlos Paredes, que também passou pelo CCRS, é outra das actividades programadas, em conjunto com o Grupo de Guitarra e Canto, bem como uma sessão que assinalará a passagem dos 25 anos da morte de Bernardo Santareno, dando ênfase à sua obra poética.Outro projecto, que contará com apoio mecenático “a cem por cento” dos Cafés Delta, será a Semana do Café, que, a partir de 4 de Junho, conciliará uma exposição de pintura e escultura “Arte e Café” com um ciclo de conferências sobre o tema e um convite a um “café com arte”.Para a exposição, o CCRS convidou 11 artistas da região a trabalharem a temática, revertendo as obras posteriormente para o Museu do Café, em Campo Maior. As conferências incidirão em temas como a importância económica, social e histórica do café ou o café na literatura, com a colocação de obras sobre a temática à venda.Segundo Graça Morgadinho, além do apoio total a esta iniciativa, o CCRS teve ainda “a boa nova” do apoio parcial da Delta à exposição “20 anos, 20 artistas”.O CCRS irá ainda prosseguir este ano com o ciclo de “conferências do Apocalipse” e procurará dar corpo a um projecto antigo, o “Fado Falado”, ciclo de conferências sobre a história do fado, também em colaboração com o Grupo de Guitarra e Canto e de outras instituições locais.Paralelamente, o programa “Palavras Ditas e Palavras Vivas”, de Mário Viegas, vai começar a ser exibido para alunos das escolas de segundo e terceiro ciclo da cidade.No campo da música, o programa do CCRS prevê a realização de dois concertos de jazz e três de música clássica, além da já tradicional serenata do Grupo de Guitarra e Canto, em Julho, enquanto na área do teatro o CCRS propôs a realização de uma investigação sobre a actriz Rosa Damasceno, para uma posterior exposição, a ser acompanhada por um debate sobre o futuro do Teatro Rosa Damasceno.O CCRS quer ainda abrir a sala expositiva mais pequena a jovens criadores da região, afirmou.O MIRANTE/Lusa

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