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Câmara teme saída das oficinas da EMEF

Crise da Bombardier, na Amadora, pode atingir Entroncamento

O executivo da Câmara do Entroncamento aprovou por unanimidade na reunião de segunda-feira, dia 21, um proposta do vereador do Bloco de Esquerda sobre a eventual saída das oficinas da Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário (EMEF) para as instalações da empresa Bombardier, na Amadora. A autarquia vai solicitar informações “com carácter de urgência” junto do Ministério dos Transportes e das administrações da EMEF e da CP.

O alerta foi dado por uma notícia do jornal Público de domingo. No texto afirmava-se que a CP tinha “o projecto de ocupar as instalações” da Bombardier. Citando a agência Lusa, falava-se num acordo que estava a ser negociado entre as duas empresas. Se tal acontecesse assistia-se ao “esboroamento de uma das imagens mais marcantes do tecido económico e social” do Entroncamento, e sobretudo “extinguir-se-iam cerca de um milhar de postos de trabalho”, afirma o BE na sua proposta.Perante esta possibilidade a câmara decidiu pedir informações “com carácter de urgência” ao ministério da tutela, às empresas EMEF e CP, e dar conhecimento da situação aos grupos parlamentares da Assembleia da República. A câmara “afirma a sua inequívoca posição contra a deslocalização das oficinas ferroviárias do Entroncamento e de transferência dos trabalhadores ferroviários para a Amadora ou qualquer outro lado”.A coordenadora distrital do Bloco de Esquerda considera “inadmissível” a alegada intenção da EMEF de reunir todas as suas oficinas nas instalações da Bombardier, na Amadora, considerando-a “o maior ataque” até hoje infligido ao Entroncamento.Em comunicado, o BE de Santarém lembra que nas oficinas da EMEF no Entroncamento trabalham actualmente mais de 700 pessoas, pelo que “a extinção destes postos de trabalho provocará uma crise económica e social sem precedentes na cidade e na região”.“É absolutamente inadmissível”, afirma o BE, declarando-se “frontalmente contra” o alegado encerramento e advertindo que, através do seu grupo parlamentar, irá solicitar “esclarecimento cabal sobre as reais intenções do Ministério (das Obras Públicas) e da administração da empresa”.A distrital do BE afirma ainda que apoiará “todas as formas de luta” que os trabalhadores ferroviários do Entroncamento venham a desenvolver.

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