Mais apoio às micro-empresas de Almeirim
Fundo criado numa parceria da Nersant, autarquias e BES pode chegar aos cinco milhões
Depois do Cartaxo, onde já começaram a ser entregues as candidaturas, Almeirim é o segundo concelho da região a aderir ao fundo de apoio ao investimento das micro-empresas. Seguem-se os municípios de Azambuja, Chamusca e Torres Novas.
O fundo de apoio ao investimento das micro-empresas (FAIME) da região vai atingir um montante de cinco milhões de euros. A convicção é do presidente da Associação Empresarial da Região de Santarém (Nersant), José Eduardo Carvalho, que quinta-feira, dia 17, assinou um protocolo com a Câmara de Almeirim para a aplicação do FAIME no concelho. Depois do Cartaxo, o concelho de Almeirim é o segundo a aderir a este sistema criado no âmbito de uma parceria entre as autarquias, a Nersant e o Banco Espírito Santo (BES). As candidaturas ao FAIME podem começar a ser entregues na delegação de Santarém da Nersant, ou na sede da associação a partir do dia 1 de Abril. Os processos serão analisados pelas três entidades que participam neste fundo. A próxima autarquia a aderir é a de Azambuja, cujo protocolo será assinado dia 31. Segue-se, passados oito dias, Chamusca e posteriormente Torres Novas. De entre os municípios da região há três que já decidiram não aderir a este projecto. São os de Santarém, Coruche e Ourém. No caso de Almeirim o fundo disponibiliza mais cinco mil euros em relação ao Cartaxo. O montante disponível para cada micro-empresa da capital da sopa de pedra vai até 20.000 euros para obras, equipamentos, certificação ou registo de marcas e patentes.Para já no concelho de Almeirim o fundo disponibiliza numa primeira fase um total de 100 mil euros. Metade da verba é emprestada aos empresários pela autarquia a custo zero. Os restantes 50 por cento são do BES que cobra uma taxa de 2,5 por cento. O empréstimo pode ser pago em 6 anos. Segundo José Eduardo Carvalho, presidente da Nersant, o dinheiro disponível neste momento para Almeirim pode esgotar-se em dois meses. Mas está previsto um reforço até um tecto de 500.000 euros. O fundo apresenta uma estrutura flexível, permitindo nomeadamente a colocação de algumas condições, como acontece com a Chamusca, onde a autarquia acrescentou às condições para financiamento a criação de postos de trabalho.José Eduardo Carvalho justificou a criação deste instrumento para as microempresas do distrito com a situação “escandalosa” que os empresários da região enfrentam, ao verem ser-lhes negado o acesso a fundos comunitários, alguns a fundo perdido, que outros, “a 30 quilómetros”, em distritos como Leiria ou Castelo Branco, dispõem.Para o presidente da Câmara de Almeirim o FAIME é uma forma da autarquia contribuir para o desenvolvimento empresarial do concelho, tornando as micro-empresas (que empregam até 10 pessoas) mais competitivas. “É com grande esforço que participamos, mas fazêmo-lo porque sabemos que os empresários estão a passar dificuldades e a economia está deprimida”, sublinhou José Sousa Gomes (PS).
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