Viajar de Coruche a Lisboa numa hora
Coruche, Salvaterra e Cartaxo querem comboios de passageiros até à capital
Viajar de Coruche para a Gare do Oriente ou para a estação de Santa Apolónia em cerca de uma hora, com utilização da linha por Marinhais, Muge e Setil é uma possibilidade que está a ser negociada pelas autarquias de Coruche, Salvaterra de Magos e Cartaxo.
Os líderes das câmaras de Coruche e do Cartaxo, Dionísio Mendes e Paulo Caldas, e o vereador da Câmara de Salvaterra de Magos, Francisco Caneira, reuniram-se, sexta-feira, na vila do Sorraia, com duas técnicas superiores da CP que apresentaram uma proposta de horários e de custos.A proposta da CP, no caso de Coruche, apresenta dois horários de manhã (às sete e oito horas), um pela hora de almoço, e outros dois entre as 18h30 e as 20h00, todos com ida e volta.Segundo Dionísio Mendes, está em causa a possibilidade de muitas pessoas do concelho acederem a Lisboa, à Gare do Oriente em cerca de uma hora e à estação de Santa Apolónia numa hora e dez minutos, com comodidade, economia e de forma menos poluente que de autocarro.A ligação a Lisboa far-se-ia por Coruche, em direcção a Marinhais e Muge (Salvaterra de Magos), com chegada a Setil (Cartaxo), onde os passageiros mudariam de comboio, para uma composição regional proveniente de Tomar rumo a Lisboa. Para tal está em cima da mesa o desenvolvimento de uma parceria entre as três autarquias e a CP na assumpção dos custos de investimento do projecto, tidos como “custos sociais”. Em causa está a construção de parques de estacionamento junto a estações e apeadeiros, a criação de carreiras de autocarros que ligam esses locais a zona centrais das localidades e o aproveitamento das estações, criando valências para os utentes. “Nesta parceria as autarquias poderiam assumir a construção e gestão dos parques de estacionamento”, sugeriu o edil de Coruche, sem adiantar mais pormenores.Outra possibilidade é que as três câmaras compensem um défice inicial previsto com o arranque da linha enquanto não se reunir o número de passageiros que a CP estabelece para poder rentabilizar a linha. No que se refere ao material circulante, a CP já dispõe de composições modernas e climatizadas para esse efeito, idênticas às que circulam na linha de Cascais. A próxima reunião entre as autarquias e a CP está marcada para a primeira quinzena de Abril e pode ser decisiva para se encontrar uma solução definitiva.
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