Fama da sangria chegou longe
A Tasca de Cem Soldos é visitada por muitos forasteiros
Há mais de duas décadas que as pessoas rumam a Cem Soldos para provar a famosa sangria. A Tasca, bem no centro da aldeia, é o poiso preferido de estudantes e professores vindos muitos vezes de locais longínquos como Lisboa e Coimbra, para além da prata da casa.A casa, de rés-do-chão e primeiro andar, mantém hoje o mesmo aspecto de há 21 anos, quando abriu ao público. Na altura as pessoas juntavam-se ali para discutir política e, obvia-mente, beber a sangria, feita com uma mescla de bebidas, alcoólicas e não alcoólicas.
Com o tempo, as tertúlias políticas foram dando lugar a encontros mais sociais. No Inverno acende-se a lareira do primeiro andar, no Verão abrem-se as pequenas janelas para entrar o ar.Pela tasca passaram alguns colunáveis, de forma anónima, e muitas tunas académicas. Todos os dias à noite mas principalmente aos fins-de-semana. “Ainda ontem aqui estiveram uns professores de Coimbra até às duas da madrugada”, diz o gerente do bar. Estudantes e professores continuam a ser clientes assíduos da casa, sempre com os indispensáveis violões por perto.José Tomás Gonçalves, há sete anos à frente da Tasca, diz que não há segredo na feitura da famosa sangria. “Se quiser saber basta apenas ver-me a fazê-la, isto não tem segredos”, diz, enquanto vai misturando no pequeno jarro de barro várias bebidas – anis, groselha, vinho branco, coca-cola e gasosa – umas pedras de gelo e uma laranja partida aos pedaços.E pronto, está feita a sangria, que é deitada com perícia para dentro das canecas, também elas de barro vidrado pintado com motivos florais. O jarro mais pequeno, que dá para quatro canecas bem cheias, custa quatro euros e pode ser muitas vezes acompanhado por variados petiscos.Se ficou com vontade de provar a sangria de Cem Soldos só tem de se deslocar à aldeia e perguntar a alguém onde fica a Tasca, situada por detrás do largo central da localidade.
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