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Fábrica de azeites encerra em Alferrarede

Fábrica de azeites encerra em Alferrarede

Simão & Companhia muda para a Grande Lisboa

Uma empresa de produção de azeite de Alferrarede fechou as portas no último dia de Março, transferindo as instalações para a zona da Grande Lisboa. Os trabalhadores optaram por rescindir os contratos.

A unidade de produção Simão & Companhia, Comércio e Indústria, SA, fabricante dos azeites Salutar e Andorinha e dos óleos Vitóleo, Fritóleo e Vitolsoja, encerrou formalmente no dia 31 de Março as suas instalações em Alferrarede, embora alguns dos trabalhadores, sobretudo administrativos, continuem em funções até ao final de Abril.A empresa, uma das mais antigas e “das melhores” de Alferrarede, na opinião do presidente da junta local, Adelino Venâncio, sempre apoiou as populações. “Mas eu não quero pronunciar-me, sobre o assunto”, diz o autarca justificando que está em final de mandato e vai fazer uma presidência de gestão até Outubro. Por parte da empresa, O MIRANTE não obteve qualquer declaração que sustente a mudança da fábrica de Alferrarede para a grande Lisboa. Aos trabalhadores foi proposto continuarem em funções nas novas instalações, mas estes optaram por negociarem a rescisão dos contratos de trabalho. Em Junho de 2004, a Simão & Companhia foi uma das unidades fabris referenciadas na recepção aos empresários abrantinos que marcou o início das festas do concelho. Na altura, os dados fornecidos pela autarquia indicavam que a fábrica empregava 63 trabalhadores e tinha um volume de negócios na ordem dos nove milhões e quinhentos mil euros.O encerramento desta unidade em Alferrarede, entretanto adquirida por empresas do grupo Mello, não “apanhou ninguém de surpresa”, afirma o presidente da Câmara de Abrantes, Nelson Carvalho (PS). O autarca disse a O MIRANTE que a câmara acompanhou o processo desde o início, mas nunca nenhum trabalhador recorreu à autarquia para expor a sua situação. “A influência das câmaras é sempre muito reduzida nestes processos. Sabemos que houve negociações com os trabalhadores e que tudo decorreu de acordo com a lei”, continua Nelson CarvalhoEntretanto, na sexta-feira, 1 de Abril, o PSD abrantino emitiu um comunicado acusando a câmara, ou seja o PS, da situação. Dizem os social-democratas que o “PS e, em particular, o presidente da câmara, já demonstrou ser inoperacional, insensível e desinteressado e não possuir capacidade de iniciativa e de execução para fazer da actividade económica uma causa de intervenção”. A estas acusações, Nelson Carvalho não responde: “Isso é baixa política e o PS não presta declarações a esse respeito”, afirma.
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