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Um homem de palavra

António Marques Vicente (PSD), presidente da Junta de Freguesia de São Pedro, Tomar
António Marques Vicente não é homem de meias palavras. Para o presidente da Junta de Freguesia de São Pedro (PSD) tudo tem de ser muito transparente, tudo tem de ficar sempre muito claro. Honestidade é a palavra que mais significado tem para si. E confia na palavra de honra das pessoas.É por isso que quando lhe fazem promessas elas têm de ser cumpridas. Como ele próprio faz perante os seus eleitores. Diz acabar o seu primeiro mandato eleitoral à frente da junta com a consciência tranquila. Porque o que prometeu à população foi ou está a ser cumprido. “Não prometi grandes coisas, apenas o que tinha a noção de que poderia ser concretizado. O que dependeu de mim está feito ou a fazer-se. O que depende da câmara e de outras instituições também está a caminho, como o sa-neamento básico”, refere António Vicente.O presidente da junta emociona-se com facilidade e vive muito os problemas dos seus munícipes. “Gostava que tudo vivesse bem, que todos tivessem tudo. Fico frustrado quando não consigo”.António Marques Vicente é um homem da terra. Nasceu e foi criado na freguesia. A sua profissão, responsável de exploração da Cimpor Betão, leva-o a estar menos tempo do que queria na sua freguesia mas tenta estar sempre a par dos problemas da população.Aos 54 anos o presidente da junta tem a seu cargo as unidades da Cimpor de Leiria, Pombal e Entroncamento, passando o dia a correr de um lado para o outro – é ele que tem de tratar do pessoal, aquisição de materiais, vendas. O seu dia não tem horários e raramente sabe a que horas chega a casa.Mas, como ele próprio diz, com muito boa vontade e querer tudo se faz. “Adoro o meu emprego”, refere o presidente, adiantando que o facto de sentir que está a servir pessoas o leva a não olhar para o relógio.Apesar da lufa-lufa, não há dia em que António Vicente não vá à junta de freguesia. “Em cada dia é despachado tudo para não deixar juntar a papelada em cima da secretária”. Quando não pode durante o dia é à noite, depois de jantar, que o presidente assina o expediente.Para que nada falhe, diz, adiantando que não conseguiria fazer as coisas se não fosse também o empenho dos seus colegas da junta. “Têm sido de uma dedicação extraordinária e durante estes anos nunca houve uma pequena picardia que fosse entre nós”.Quando os problemas apertam, quando tem de pensar na melhor maneira de fazer as coisas, António Vicente vai até à foz do Nabão. É ali, a ouvir a água a correr e os rouxinóis a cantar que consegue pôr as ideias em dia e escrever algumas coisas.Gosta de escrever e já pensou avançar para um livro. “Um dia mais tarde, quando tiver mais disponibilidade, quem sabe”...Pratica natação quando pode, na piscina que construiu junto à sua casa. Futebol vê sempre que pode e prefere ir ao estádio que sentar-se em frente à televisão. Quando o trabalho da junta não o absorve ao fim de semana vai até Alvalade, ver jogar o clube do seu coração. “Não sou doente mas gosto que o Sporting ganhe, se possível sempre”, diz com um sorriso nos lábios. No meio do trabalho da junta e das contingências do emprego, a mulher fica para trás. “Ela compreende porque me conhece, sabe como eu sou e como gosto de tentar resolver todos os problemas”, diz, adiantando no entanto que às vezes ainda houve o queixume – “está tudo à minha frente”.

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