Como Presidente da Associação Profissional dos Urbanistas Portugueses (APROURB), e na sequência das notícias que têm sido transmitidas das conclusões do debate sobre o “caos urbanístico” realizado em Santarém a 10/04/2005, nomeadamente no que o Prof. Doutor Mário Moutinho defendeu, venho esclarecer que não foi defendida a extinção dos PDM mas sim a extinção da figura de Loteamento que tem vindo a ser usada como forma de planeamento e desenvolvimento do território, sendo uma atitude contrária ao desenvolvimento regrado do território e uma das causas do caos.A APROURB, representada pelo Professor Doutor Mário Moutinho, não defendeu, nem defende a extinção dos PDM mas sim mais atenção na sua elaboração pois é um instrumento de planeamento sério e necessário, tendo sido apenas referido que os PDM em vigor estão, na generalidade, mal elaborados sendo apenas um instrumento de simples gestão e que não se vislumbra melhorias nos processos de revisão em curso.Defendemos ainda que uma das causas desta situação é a falta de urbanistas e de mais formação em urbanismo nas universidades portuguesas o que deixa em aberto a realização de actividades de planeamento urbano e territorial por parte de profissionais que para tal não possuem qualificação, o que mais uma vez concorre para o caos que assistimos.Drº Diogo MateusPresidente da APROURB - Associação profissional dos Urbanistas Portugueses