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A quarta tentativa de Carlos Tomé

CDU de Torres Novas apresenta candidatos às eleições autárquicas

O vereador da CDU na Câmara de Torres Novas recandidata-se à presidência do município e afirma-se como a única alternativa credível à gestão socialista.

Carlos Tomé candidata-se pela quarta vez consecutiva pela CDU à presidência da Câmara Municipal de Torres Novas, tentando manter a representação da coligação liderada pelos comunistas no executivo. José Vaz Teixeira bisa a liderança à presidência da assembleia municipal, onde a maior surpresa é a candidatura em lugar teoricamente não elegível, tendo em conta os anteriores resultados eleitorais, de António Canais.Em 2001, uma das maiores críticas de Carlos Tomé à gestão socialista era a conclusão da rede de saneamento básico no concelho. Um problema, diz, que quatro anos depois sofreu alteração para pior. As prometidas estações de tratamento de águas residuais (ETAR) estão por construir, os rios e ribeiras estão mais poluídos. A este nível o investimento registado foi na instalação de infra-estruturas em Carvalhal da Aroeira (freguesia de São Pedro), mas os esgotos não são tratados.Perante este cenário, Carlos Tomé volta a focar o mau estado do concelho em termos ambientais. “Em pleno século XXI, há 14 mil habitantes do concelho, 40 por cento do total da população, que não possui rede completa de esgotos”.A apresentação das listas completas à câmara (12 candidatos) e à assembleia municipal (21 candidatos), decorreu na quinta-feira, 16 de Junho, no jardim da Avenida João Martins de Azevedo, em Torres Novas, junto ao rio Almonda.“O visitante incauto passa por esta cidade e fica com a sensação de que Torres Novas tem crescido. Talvez tenha razão. Mas as aparências iludem: crescimento não é sinónimo de desenvolvimento. E muito mal seria se uma dúzia de anos de gestão e alguns milhões de euros de permeio não produzissem alguma coisa positiva para o concelho”, afirmou o candidato para criticar a política seguida pela maioria socialista que privilegiou a cidade em detrimento das freguesias. Carlos Tomé recordou ainda investimentos anunciados que não se chegaram a concretizar, como o hotel Shiva Som para a Quinta do Marquês, o investimento malaio para tratamento de lixos e a instalação da Universidade Lusíada. Mais recentemente “criou-se uma outra ilusão”, o Boquilobo Golf, “uma coisa das arábias” que a CDU tudo fará para que não passe de uma intenção.Assumindo-se como a “única alternativa e credível”, Carlos Tomé recordou o trabalho desenvolvido pela coligação e prometeu, tal como o cabeça-de-lista à assembleia municipal, continuar a luta de “uma defesa sistemática” dos interesses das populações e não de “oposição sistemática”, como muitas vezes são acusados.Para além dos habituais nomes de candidatos, surgem novos concorrentes. Na assembleia municipal onde a CDU elegeu quatro vogais, em 2001, António Canais aparece em quinto lugar. Os candidatos às assembleias de freguesia serão apresentados ainda durante o corrente mês. A CDU tenciona apresentar listas nas 17 freguesias do concelho, mas nem todos ainda estão definidos. No presente mandato, a CDU ganhou duas juntas - Pedrógão e Ribeira Branca. Nestas autarquias vai apostar nos mesmos cabeças-de-listas: Silvino Rino Rosa em Pedrógão e Adriano Aguiar na Ribeira Branca.Margarida Trincão

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