Cerca de 230 pessoas trabalham na fábrica Sugal, em Azambuja, durante a época da campanha do tomate, que se inicia em Julho e se prolonga até meados de Setembro. São sobretudo jovens estudantes e mulheres que aproveitam os meses de Verão para ajudar a equilibrar o orçamento familiar e reunir algum dinheiro de bolso (“pocket money”).“A transformação do tomate é muito importante para a economia nacional, mas sobretudo para a economia local. Gera um número significativo de postos de trabalho em zonas onde há poucas alternativas. Já sem falar no trabalho no campo que movimenta também muitas pessoas”, explica João Ortigão Costa, o administrador da Sugal, empresa fundada pelo seu pai em 1957.A empresa armazena o produto que transforma no Verão e durante todo o Inverno a fábrica continua a embalar o concentrado de tomate que vai sendo exportado todos os meses. Fora da época de campanha trabalham habitualmente na empresa cerca de 50 funcionários. Durante o Inverno exportam entre 20 a 30 contentores por semana.É durante esta altura que a fábrica prepara também molhos para pizzas com diferentes especiarias que são feitos à medida das necessidades dos clientes.Até à década de oitenta a Sugal produzia concentrado de tomate directamente para o consumidor. Mas por causa das especificidades do mercado português – que consome maioritariamente tomate fresco – a produção de polpa de tomate para consumo interno deixou de fazer sentido.