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Ana Banha

“Os portugueses são maus a matemática por causa dos professores. A matemática tem que ser ensinada de uma forma prática com casos adequados a cada idade. Assim talvez tivéssemos mais jovens a enveredar por uma carreira nessa área”

31 anos, secretária de administração, Azambuja

Tem confiança na água da rede?Confiança, confiança, não. O sabor não é o mais agradável e em determinadas alturas dá a sensação que a água é muito tratada. Sempre que posso compro água engarrafada. Quando não posso bebo água da torneira. Chama a atenção quando vê alguém deitar lixo para o chão?Se for uma pessoa conhecida sim. Se não for uma pessoa conhecida, mas se for uma situação flagrante, como um saco de lixo ou uma lata, provavelmente chamo a atenção e até sou capaz de me envolver um pouco mais. Que preocupações tem com o ambiente?Tento separar o lixo o mais que posso. Para mim não é muito evidente o que é que vai para o quê. Era interessante que as embalagens dos produtos indicassem o ecoponto respectivo, amarelo, verde... Não deito coisas para o chão e quando vou à praia apanho garrafas que estão à minha volta e trago sempre um bocadinho de lixo para o caixote. Tem a preocupação de comprar produtos portugueses?Não tenho muita preocupação em comprar produtos nacionais. É mais pelo preço. Até porque não conheço assim tantos produtos portugueses. E há muitos que penso que são portugueses e depois percebo que são espanhóis. Qual é o melhor meio para comunicar com os amigos?É o e-mail. O papel só utilizo no trabalho e para passar cheques. Os livros também continuo a ler em papel. Já tentei ler algumas coisas na internet, mas acabo sempre por imprimir porque torna-se cansativo. A política é pouco atractiva para os jovens?A política é pouco atractiva para toda a gente, exceptuando as pessoas que estão metidas nela. Primeiro, em vez de informação há contra-informação. Acho que ultimamente as pessoas têm tomado decisões importantes baseadas em dados incongruentes e que por vezes até são falácias, como foi a questão do aborto. Ninguém sabia o que se estava a discutir. Há certas decisões políticas que não podem ser feitas com base no concordo ou não concordo.O aborto deveria ser despenalizado?Acho que sim, mas com determinadas condições, obviamente. Uma mulher que esteja grávida de seis meses não deverá abortar, a não ser que seja necessário em termos clínicos. Deveria ser legalizado para ser feito em condições. Porque o aborto existe. E não adianta estar a esconder as coisas. Porque é que os portugueses são tão maus a matemática?Por causa dos professores. Os melhores matemáticos, engenheiros e físicos a nível internacional são portugueses. O problema não está nos nossos genes ou na nossa cultura. O problema é que temos um sistema de educação péssimo. A matemática tem que ser ensinada de uma forma prática com casos adequados a cada idade. Assim talvez tivéssemos mais jovens a enveredar por uma carreira nessa área.Qual é o seu livro de cabeceira?Estou a tentar a ler “O burro de ouro”. É um livro que foi escrito há dois mil anos por um senhor que viveu na antiga Grécia. Fala das metamorfoses gregas, de como as coisas passaram para a nossa cultura. Da influência que sofremos da cultura pagã e cristã. Onde é que nunca iria de férias?Assustam-me os países do Médio Oriente. Acho que só quando for mais velha é que vou ter coragem para explorar essa zona geográfica.

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