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Joaquim Pedrosa quer fazer renascer o Vilafranquense

Nova direcção da UDV herda dívida de 2,5 milhões de euros

Um grupo de empresários e amigos da União Vilafranquense formou uma equipa para evitar o fecho das portas. O clube deve 2,5 milhões de euros, mas Joaquim Pedrosa, o novo presidente da direcção, quer fintar a crise.

“Sempre unidos venceremos”. Nunca o lema da União Desportiva Vilafranquense (UDV) fez tanto sentido. O clube bateu no fundo. Tem uma dívida de 2,5 milhões de euros, caiu no descrédito e dezenas de praticantes e associados afastaram-se zangados e desiludidos com o estado da associação.Na quinta-feira, 3 de Novembro, tomou posse a nova direcção liderada por um filho do clube. O empresário Joaquim Luís Pedrosa foi jogador, treinador e director da UDV. Inconformado com a situação do clube onde nasceu para o desporto, resolveu juntar um grupo de amigos e apresentar uma lista para os órgãos sociais que irão gerir o clube até 2009.O empresário Carlos Cerejo (filho do malogrado presidente José Mário Cerejo que deu o nome ao pavilhão da UDV) é o presidente adjunto. António José Santos (secretário-geral), Luís Feijão (tesoureiro), Henrique Pinto Filipe (vice-presidente Futsal e futebol 11) e Cláudio Lopes (vice-presidente adjunto para o futebol e um dos dirigentes mais experientes) integram uma equipa com vontade de vencer.O amor ao futebol do presidente não lhe permite esquecer as modalidades amadoras. Joaquim Pedrosa, que foi fundador da secção de basquetebol da UDV, aproveitou o saber e a dedicação de alguns responsáveis pelas secções e convidou-os para o projecto. Octávio Bernardo (basquetebol), António Costa e Horta (hóquei em patins), o dentista chinês Rui Tesuo Sniozana (náutica) e Rogério Silva (outras modalidades) são pedras fundamentais no xadrez do União. A secção de instalações e património fica ao cuidado do “eterno” director Joaquim Savedra Valente, um exemplo de dedicação e de José Salvaterra Rodrigues. António Manuel Cabral assume a pasta das relações exteriores.A assembleia-geral é presidida por Luís dos Santos e o conselho fiscal por António Carlos Bexiga. Um acto de coragemSão mais de duas dezenas de sócios corajosos que aceitaram dar a cara pelo clube num momento muito complicado. “Não foi fácil aceitar este desafio. Alguns consideraram que eu devia estar doido para aceitar estas funções. Reflecti bem, foi tudo estudado e acredito que vamos vencer a crise”, disse a O MIRANTE, o novo presidente.A primeira medida de Joaquim Pedrosa é fazer o saneamento financeiro do clube e o novo presidente conta com a câmara, com os sócios e com toda a sociedade vilafranquense. “O clube é de toda a cidade. Todos temos responsabilidades”, explica. Para tratar desta questão “delicada” e “melindrosa” foi criada uma comissão técnica que fez o levantamento da situação e está a estudar as soluções. A gestão do clube exige 20 mil euros mensais, mas as receitas não ultrapassam os 12.500 euros. Se não forem tomadas medidas imediatas, o passivo vai engordar.Depois de arrumar as finanças, Joaquim Pedrosa vai organizar o aspecto desportivo. A direcção vai tentar recuperar os praticantes das várias modalidades e estimular a entrada de novos atletas.”Este clube tem uma função social importantíssima”, frisou.O presidente da Junta de Freguesia de Vila Franca de Xira e ex-presidente da assembleia geral do clube, José Fidalgo, considera que o passo seguinte é recuperar a dignidade do clube. O autarca mostrou esperança num bom trabalho da nova equipa e deixou abertura da junta de freguesia para estabelecer parcerias com a União.O vereador do desporto, Alberto Mesquita, considerou que agora a câmara tem interlocutores credíveis com os quais pode colaborar para resolver os problemas do clube. O vereador elogiou o trabalho do empresário João Conde que liderou uma equipa que evitou que o União fechasse as portas há alguns meses atrás.Nelson Silva Lopes

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